O poder do amor e da moderação advinda de Cristo.
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. (2Tm 1:7). Neste versículos o intuito do apóstolo Paulo e de incentivar a Timóteo, visando fortalecê-lo e inspirá-lo na sua empreitada em Éfeso. Timóteo era jovem, e tinha pela frente a árdua tarefa de lutar contra as heresias forçosamente ameaçariam e invadiriam a Igreja. E, é por este motivo que Paulo escreve para ele.
Aqui vemos Paulo agir de maneira nobre ao lembrar que ele confiava e o estimava muito a Timóteo. E quando trazemos isto para a nossa época vemos que, não há maior inspiração que a de sentir que alguém crê, estima e confia em nós. E se faz claro que um voto de confiança e um chamado à honra sempre é mais efetivo que uma ameaça de castigo. O temor do castigo nos afasta do real objetivo do amor, mas o temor de desiludir àqueles que nos amam nos mantém limpos, e com coragem para lutar contra os nossos eitos, preceitos e preconceitos. Que bom seria se muitos lideres agissem assim teríamos muito mais pessoas servindo por amor, do que pessoas se afastando pelo temor. Em todo o Evangelho vemos Jesus falando muito mais das coisas boas que tem no reino de Deus, do que das dores que esperam no fim, ou seja, Jesus se ocupou muito mais em nos mostra o céu do que o inferno.
Neste versículo em especial ele lembra a Timóteo das quatro qualidades que devem caracterizar um mestre cristão.
1 – A coragem: O serviço cristão deve outorgar a aquele que serve uma doce coragem e não medo covarde. É preciso ter coragem para ser cristão, e essa coragem provém da consciência contínua da presença de Cristo. Está coragem provém de saber que pertencemos a uma família onde o Pai sempre prima pelo bem de seus filhos. E que cada irmão está pronto para sentir a dor do outro, como um corpo sente a dor da perda de um membro.
2 – O poder: O verdadeiro cristão tem o poder para enfrentar a vicissitudes da vida; de assumir as tarefas cansativas; de erguer-se frente a uma situação que parece que vai levá-lo ao chão; de conservar a fé diante dá tristeza que resseca a alma e a desilusão que fere; de manter a confiança em servir diante da malfada ingratidão. O cristão é caracteristicamente uma pessoa que pode confrontar o ponto limite, sem desfalecer. Porque é nutrido pelo poder do Espírito Santo, mas este não é um tipo de poder que subjuga a outrem, e um tipo de poder que busca compreender, pois é o poder do amor.
3 – O amor: Aqui neste caso trata-se do amor pelos irmãos amor pela obra e pelo povo de Cristo sobre o qual foi posto para liderar. Precisamente é este amor o que dá ao pastor cristão suas outras qualidades. O pastor cristão deve amar tanto a seu povo que nunca encontre uma tarefa muito grande para fazer por eles. Deve amá-los tanto que nenhuma situação ameaçadora o desanime. Ninguém jamais teria que entrar no ministério da Igreja de Cristo a não ser que haja em seu coração amor pelo povo do Senhor. Jesus nos ensina isso quando dia: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. (João 10:11). Muito almejam serem pastores, mas esquecem desta regra áurea do ser pastor. O pastor vai atrás da ovelha perdida e quando a encontra não a recrimina apenas a acolhe e a limpa, o bom pastor zela pelas ovelhas e não espera ser zelado por elas. O bom pastor conhece a suas ovelhas pelo nome e sabe quando uma não está presente: Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, (João 10:14). Ou seja, o bom pastor serve pelo amor e não pela fama, e desempenha a sua autoridade com o poder do amor.
4 – E por fim, vemos a qualidade da moderação ou do autodomínio. A palavra usada aqui no grego é: “σωφρονισμος sophronismos”, que significa: autocontrole, moderação, ou estabilidade de pensamento. Segundo os linguistas trata-se de uma palavra com difícil tradução, pois para alguns ela significa, "sanidade da santidade". Ou seja, é uma moderação que advém do caráter de Cristo e se expressa em nós. Só Cristo nos pode dar esse domínio próprio, essa autodisciplina, esse autocontrole que nos preserva de ser arrastados ou de fugir ante as dificuldades. Somente o agir do Espírito Santo pode nos dar este autocontrole que nos permitirá confiar e amar mesmo diante das ingratidões. E mais, ninguém pode ou poderá governar a outros a não ser que antes tenha dominado e governe a si mesmo. Sendo assim Sofronismos é esse domínio próprio divinamente outorgado que faz com que uma pessoa seja uma grande autoridade sobre outros, e isto se dá porque em primeiro lugar é um servo de Cristo e dono de si mesmo. Ou seja, nutrido pelo poderoso amor de Cristo este segue servindo em amor e verdade.
(Molivars).