A Figueira da Humildade
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Jo 14:27
Viver em paz independentemente das circunstancias é para aqueles que têm no coração o amor divino. Quando Jesus diz: não se turbe o vosso coração, nem se atemorize é porque a sua paz é diferente da paz do mundo que é abalada quando surgem as tempestades da vida. Tem muita gente nos nossos dias que estão abaladas com a crise, apesar de ter: carro blindado, segurança que o acompanha em suas idas e vindas e que velam sua residência durante a noite, além dos artefatos eletrônicos por todos os lados e cães adestrados para atacar o inimigo. Só que o custo desse aparato já lhe traz preocupação, porque se a inflação não estiver sob controle, ele não poderá sustentar toda essa parafernália. É improvável que alguém possa ter paz com escudo humano. A paz que excede todo entendimento é dada aos que tem o coração quebrantado. No monte das bem aventuranças Jesus disse que felizes são: Os pobres de espírito, os que precisam de consolo, os mansos, os que têm sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, e os que sofrem perseguição por sua causa. (Mt 5:1-12). Esses terão um final feliz porque é grande o seu galardão nos céus. Se fossemos fazer uma pesquisa para saber quais eram as pessoas mais ricas da palestina nas áreas que Jesus atuava, não saberíamos dizer quantas existiam, mas pelo menos duas nós sabemos. São eles: O jovem rico que era uma pessoa incompleta por isso procurou Jesus, mas mesmo assim preferiu continuar incompleto porque não abriu mão daquilo que não o completava e que não lhe dava a paz necessária, e Zaqueu o chefe dos públicanos que subiu em uma figueira brava para ver Jesus na multidão e abriu a sua casa para recebê-lo A vida é feita de escolhas, e são por intermédio delas que decidimos o nosso destino. Zaqueu Foi muito mais sensível do que o jovem rico que não valorizou a perola que encontrou porque o seu coração estava no que ele possuía. O jovem preferiu confiar em suas riquezas do que seguir a Cristo a porta de entrada para o reino dos céus que é semelhante a uma perola de grande valor que um negociante encontrou e vendeu tudo que tinha e comprou-a. disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me (Mt 19:21-22). Mas o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades. Já Zaqueu disse para Jesus: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado (Lc 19:8). Sobre o jovem rico Jesus disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! (Mc 10:23). Já para Zaqueu as palavras foram completamente diferentes. Vejam o que Jesus falou: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19:9-10). Em dados recente se descobriu que um por cento dos mais ricos do mundo, já detém tanta riqueza quanto o resto dos habitantes do planeta. Em contra partida mais de dois milhões de pessoas morrem de fome a cada dia segundo a ONU. Onde está o coração dessa gente? Eles são frutos da raiz de todos os males, ou seja, do amor ao dinheiro. Precisam descer do pedestal da insensibilidade e subir na figueira da humildade para enxergar Cristo na multidão como fez Zaqueu o públicano e convidá-lo para entrar no seu coração. Só assim o coração de pedra será transformado num coração de carne onde fluirá a verdadeira paz, a misericórdia, a compaixão e o amor ao próximo, que são sentimentos indispensáveis para multiplicar o pão na mesa dos pobres e necessitados. .Jesus disse: Dai-lhes vós de comer. (Lc 9:13). Portanto que a humanidade possa está sensível a ordenança social de Jesus e alimente os desfavorecidos.