Orar não é pensar positivo, mas sim ter uma atitude positiva.
Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? (Mat 7:9,10). Aqui nestes versículos vemos Jesus nos ensinar algo caro e precioso sobre a oração. Jesus tinha sido educado na oração e pertencia a uma nação cuja a oração era a sua maior força. Segundo os historiadores os rabinos judeus tinha um dos mais nobre dizeres sobre a oração. “Deus está tão perto dos seres humanos e de sua criação como a orelha está perto da boca.” E tem mais, nós dificilmente podemos a duas pessoas o que falam duas ao mesmo tempo, mas Deus é capaz de nos ouvir a cada um de nós, mesmo que o clamor seja de uma nação onde todos peçam ao mesmo tempo. E ainda mais não é rara as vezes que nos sentimos cansados e sobrecarregados pelos pedidos de nossos amigos, mas no caso de Deus Pai, Ele se alegra quando elevamos a Ele necessidades, porque quanto mais oramos mais nos tornamos próximos dele e o nosso relacionamento ser torna mais íntimo. Mas é bom que lembremos não a oração repetitiva ou insistente que conseguirá obter logro, mas sim, é a qualidade da oração e a sua aplicação que se faz justa no atendimento. E Tiago nos ensina isto: pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. (Tgo 4:3).
E seguindo vemos que Jesus foi ensinado no amor, e sabia que o amor familiar imperava em seu mundo. E, que Deus Pai é a maior fonte do amor aliás Ele é o próprio amor. E o argumento que vemos nestes versículos é o seguinte: Se os seres humanos não são capazes de odiar seus filhos, e jamais dar-lhes algo que lhe façam mal, salvaguardando umas exceções. O Pai celestial sendo o amor jamais se negaria ou se negará de ouvir uma oração. Mas atendê-la a risca já é outro caso, como veremos a seguir. Aqui em Mateus vemos duas coisas que se assemelham mas em Lucas ele cita três. Hoje estudaremos duas delas.
Segundo os historiadores na palestina haviam pedras arredondadas que cobriam a costa do mar eram exatamente da forma, tamanho e da cor de pequenos pedaços de pão. E então ele usa este elemento da natureza para ilustrar dizendo: Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? (Mat 7:9). E parafraseando o que foi dito fica assim: Se um filho pedir pão a seu pai, acaso este se rirá dele, oferecendo-lhe uma pedra, que possa confundir-se com um pão, porque seu aspecto é similar, mas que não se pode comer? Fazendo com que seu filho quebre os dentes e se ferir devido à voracidade de sua fome? E aqui começamos a entender o porque de certas orações não serem atendidas. E isso se dá porque Deus Pai sabe de antemão o efeito destrutivo daquilo que pedimos em nossas vidas. Citando somente um exemplo pode ver o seguinte: Um carro novo financiado pode parecer algo bom num primeiro momento, mas o custo disto pode nos causar profundas tribulações. E aqui cabe o que disse Paulo: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rom 8:28). Então aquele que firma a sua oração tendo a sua vida dentro do propósito das coisas de Deus, vive melhor do aquele que quer Deus atenda seus propósitos.
E ai temos a serpente no lugar do peixe, segundo os especialistas a serpente aqui citada estava mais para a enguia uma espécie de peixe, Segundo as leis judaicas a não se podia comer a enguia, porque era um peixe impuro por não ter barbatanas nem escamas (Levítico 11:12). Se o filho pede peixe a seu pai, este lhe dará um peixe, mas um peixe que está proibido comer, e que é inútil para isso? Agindo assim Zombaria um pai da fome de seu filho, levando-o a cometer o pecado da anomia. E mais uma vez Jesus se firam no amor familiar que guia o filho para que este não cometa erros, que o levará a destruição. Quanto mais Deus Pai que sempre prima para que a vida cresça em nós. Ou seja, Deus nunca se negará a ouvir nossas orações, e nunca se rirá de nossos pedidos. Os gregos tinham em sua mitologia histórias de deuses que respondiam às orações de seus fiéis, mas estas respostas sempre tinham alguma armadilha, eram espadas de dois gumes. Contanos a mitologia que aurora, a deusa da alvorada, apaixonou-se por Teotônio, um jovem mortal. Zeus, o rei de todos os deuses, ofereceu-lhe qualquer dom que ela quisesse, para seu amante mortal. Aurora, é obvio, escolheu que o dom fosse a vida eterna para Teotônio, mas se esqueceu de pedir, ao mesmo tempo, a juventude eterna. De modo que Teotônio envelheceu cada vez mais sem nunca poder morrer, e o dom que tinha recebido se transformou em uma maldição. E isto Deus Pai jamais fez ou fará conosco, Ele sempre primará pelo nosso bem-estar porque Ele nos ama, e por amor deu-nos o seu Filho, que por amor morreu por nós sem pedir nada em troca para si mesmo, a única e maior ordem é que amemos o nosso próximo, e amando o nosso próximo amamos a Ele.
Aqui podemos extrair uma primorosa lição. Deus sempre ouvirá e responderá as nossas orações, mas o fará à sua maneira, e sua maneira sempre está embasada na perfeita sabedoria e no perfeito amor que o caracterizam. Porque se frequentemente, Ele respondesse nossas orações, tal como nós o desejamos, o resultado seria o pior possível para nós, porque em nossa ignorância costumamos pedir coisas que em vez de nos beneficiar nos prejudicam ou prejudicará. Este dito de Jesus afirma não somente que Deus responderá nossas orações, mas sim o fará com sabedoria e amor. E assim chegamos ao seguinte entendimento: Que a oração não se firma num pensar positivo, mas sim num agir positivo. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossas vidas.
(Molivars).