Estudando a parábola do semeador. (Parte 4).
Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Mat 13:8,9). Chegamos a quarta e última etapa do estudo da parábola do semeador. E aqui vemos o terreno fértil onde a semente germina e dá frutos. Jesus usa como exemplo a boa terra. Esta era profunda, limpa e suave. A semente podia penetrar, podia encontrar alimento, podia crescer sem obstáculos e a boa terra produziu uma colheita abundante. E aqui veremos a mente que difere da mente fechada que a palavra tem poucas possibilidades de penetrar e de dar frutos; que difere da mente que ouve superficialmente a palavra e se nega a pensar nas coisas de Deus ou investigá-las a fundo, ou seja, encara o ser Cristão como uma religiosidade, quando deveria segui-lo como um discipulado; difere também da mente dispersa e encantada com as coisas deste mundo. Aqui temos a mente investigativa que estuda a palavra e a prática em seu dia a dia.
Então entendemos que este solo representa o ser humano que tem em seu coração a boa terra. E a sua recepção da Palavra se dão quatro estágios. Como a boa terra, sua mente está aberta, e está sempre disposto e desejoso a aprender. Em seu coração há sempre a boa disposição para ouvir; em seu coração os eitos, preceitos e preconceitos são deixados de lado. O orgulho foi deixado de lado e, este sabe dizer: eu não sei, me ensina. Ocupa-se em entender e jamais está muito ocupado para ouvir. Porque aquele que para, para ouvir a voz de Deus ou a voz de um amigo prudente, poupa a si mesmo de amargos dissabores. É a mente que compreende porque pensou e investigou tudo o que ouviu para saber e entender o seu real significado, e está disposto a aceitá-lo. E segue Traduzindo em ação o que aprendeu, ou seja, produz o bom fruto da boa semente. O ouvinte autêntico é aquele que ouve, que compreende e que obedece. Porque Jesus sempre buscou discípulos, que o seguissem em amor e verdade e não meros religiosos. Cabe a cada um de nós observar como está o nosso solo, porque enquanto tivermos vida há tempo de mudar.
Fica aqui também um recado aos semeadores seja em qual nível eclesiástico ou denominações, ou aquele que conheceu a palavra hoje, a semente tem um tempo certo para germinar e a planta um tempo certo para dar frutos. Quando alguém semeia a semente não pode e não deve esperar resultados imediatos. E jamais julgue o solo no qual foi semeado, olhe sempre o semeador. A semente da flor de lótus na natureza pode levar duzentos anos para germinar, enquanto a da alface germina em sete dias, ou seja, tudo tem o seu tempo certo. Cabendo ao semeador aguardar com paciência regando sempre. Que a paz de Cristo Jesus seja sempre plena em nossos corações.
(Molivars).