Comentário do Evangelho da 2ª feira da 13ª Semana do Tempo Comum.
(Gn 18,16-33; Sl 102(103)1-2.3.4.8-9.10--11; Mt 8,18-22)
No Evangelho de hoje Jesus fala das condições para ser seu discípulo, ao ser abordado por um escriba que se propôs a segui-lo aonde quer que ele fosse. A maneira de Jesus realizar a vontade do Pai mexeu com aquele homem. E Jesus lhe disse que para realizar a vontade do Pai ele teria que enfrentar todas as intempéries, disse inclusive que Ele o “Filho do Homem” não tinha nem mesmo sua própria casa. Jesus retirara essa expressão sobre si do livro do profeta Daniel (Dn7,13). Era um título do Messias, do Salvador prometido por Deus ao seu povo.
Um outro homem que fazia parte do grupo de adeptos se sentia chamado à missão, mas disse ao Senhor: “Deixai-me ir primeiro enterrar meu pai”. Ele queria dizer que não seguiria Jesus enquanto seu pai vivesse. Jesus sabendo que seu pai ainda viveria muitos anos convidou o a segui-lo sem esperar pela morte do pai, usando o trocadilho: “deixe que os mortos enterrem os mortos”.Ele quis dizer que os mortos espirituais enterrem os mortos corporais”. Provavelmente na sua família havia pessoas sem fé e sem vida religiosa. Eis o motivo pelo qual Cristo desejou que esse homem o seguisse de imediato. Além de não sofrer as influências e pressões de tais familiares, ainda intercederia pela conversão dos mesmos, a exemplo de Abraão , na 1ª leitura.
Quando somos chamados, escolhidos, temos que dar a nossa resposta numa decisão e numa fidelidade firme, seguindo o caminho de Jesus
O que faz um eleito, um chamado por Deus? Intercede pelos pecadores. Ora insistentemente como fez Abraão em favor do seu povo, dos moradores de Sodoma e Gomorra.
Os vocacionados precisam ser revestidos da força do alto, ter uma vida de oração, uma vida de fidelidade à vontade de Deus, como Abraão, como Maria que testemunharam com a vida o seu chamado, a sua vocação com fidelidade.
Pelo batismo pertencemos ao corpo místico de Cristo e somos chamados a ação. Precisamos dar o nosso sim, estarmos disponíveis, desejosos de fazer a vontade de Deus, de colocar nossa vida nas mãos do Senhor para sermos suas testemunhas quer na vida matrimonial, quer na vida consagrada.
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