Miss bumbum gospel???
“Ao meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre o impuro e o puro.” Ez 44; 23
Alistando os deveres dos sacerdotes, mediante Ezequiel, Deus os concita a uma missão chave: Santificação. Sua missão incluía distinguir o santo do profano e o puro do impuro. Esse caso refere-se às coisas para consumo humano; aquele, de cunho espiritual, à relação homem-Deus, a devida santidade requerida.
Embora a ideia vulgar de “Santo” seja uma imagem de morto que, durante a vida teria operado milagres, e após ela foi “canonizado”, a posição bíblica é diferente. Primeiro: Não se trata estritamente de pessoas; mesmo, coisas, que são consagradas para uso exclusivo a Deus. As vestes sacerdotais, o óleo da unção, os utensílios do templo, etc. eram santos, isto é, de uso específico, incorria em profanação, quem se atrevesse a algo diverso, como fez, o rei Belsazar ao beber vinho usando as taças do Templo de Deus, o que lhe custou a vida. Ver Daniel, cap. 5
Segunda: A santificação no que tange às pessoas não é um processo pós morte, antes, uma escolha que devemos fazer em vida. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14
Por fim, a santificação requerida não se verifica mediante operação de milagres, mas, caráter transformado, vida consagrada a Deus. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17
O Senhor fez questão, reiteradas vezes, de pontuar que Seu Reino não era terreno, porém, separado das coisas daqui. Para ingressar nele desafiou a nascer de novo, da água e do Espírito; Para prosperar nele, ajuntarem tesouros no Céu. Quando quiseram fundi-lo aos meios de manutenção dos reinos da Terra, uma vez mais, pontuou a diferença: “Dai a César o que é de César, – disse – a Deus o que é de Deus.”
Sintetizando: Os veros servos de Deus são pessoas que estão no mundo, não sendo dele, como estranhos. “Dei-lhes a tua palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” Jo 17; 14 Isso, no que tange às escolhas, os valores, claro.
Esse conflito deve ser tal, que pode ser aquilatado por loucura, na descrição de Paulo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1; 18
Ou, inimizade, na exortação de Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4
Entretanto, grosso modo temos uma “igreja” eivada dos costumes do mundo, sem a menor noção do que consiste, a Cruz de Cristo.
Deparei com um texto de um padre comunista defendendo Lula dizendo ser ele o “Messias” dos pobres; com o mesmo grau de obscenidade, uma “irmã” seminua concorrendo a “Miss Bumbum Gospel.”( ??? )
Onde está a diferença? Na palavra Gospel? Deriva de “Inspirado por Deus”, em inglês; mas, será que o mesmo Senhor que preceituou santidade, separação do mundo aos seus, inspiraria algo tão mundano, tão ralé assim?
A Palavra ensina que Deus não é de confusão. Essa palavra aglutina duas: Fusão com; mistura, mescla que é a antítese de separação, santificação. Então, embora “fundamentalismo”, “radicalismo” sejam os palavrões da moda, o Santo nos exorta a edificarmos sobre a rocha, o Fundamento, Cristo; sermos zelosos, radicais em nossa separação dos valores perversos do mundo.
Paulo foi categórico quanto ao “sine qua non” para filiação Divina: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6; 14 a 18
Há diferença entre pecado e profanação. Aquele desnuda nossas fraquezas, misérias, simplesmente; Essa, além de pecado, invade os domínios santos com lixo humano; falta de noção, temeridade, dissolução.
Assim, cada um é livre para fazer suas escolhas; sejam virtuosas, sejam viciosas; contudo, se escolher o lixo, inclua Deus fora disso, não emporcalhe o Santíssimo com o profano.