O amor é o vínculo da perfeição

Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. (Col 3:14). Aqui neste versículo vemos o apóstolo Paulo adicionar aos ornamentos das virtudes e graças o que ele chama o vínculo perfeito do amor. O amor é o poder de união que mantém intimamente ligado todo o corpo cristão, e se fosse praticado pela humanidade seriamos realmente seres unidos e o mundo seria muito melhor. Mas o que vemos é a tendência de toda sociedade de pessoas, mais cedo ou mais tarde, desagregar-se; e, é no amor que existe o único vínculo que as manterá em inquebrantável comunhão.

Depois da Salvação pela graça o amor é um dos principais temas do Novo Testamento, como podemos ver seu atuar:

1 – O amor é tão poderoso que cumpre todos os requisitos da lei: Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (Mat 22: 37-40). O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. (Rom 13:10). Ou seja, onde se pratica o amor não há lugar para o desejo ou a prática do mal.

2 – Faz pelo próximo aquilo que é natural fazermos por nós mesmos, e fazendo isto cumpre a vontade de Deus, revelando o amor a Cristo quando servimos ao próximo: Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. (Mat 25:35,36)

3 – O amor é a maior prova da espiritualidade, e de que estamos renascendo de novo numa íntima relação com Deus: Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. (1Jo 4:7).

4 – O amor cobre uma multidão de pecados, e vemos isto na obra da cruz onde Jesus sofre por amor, e para o perdão de nossos pecados: porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mat 26:28). Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. (1Pe 4:8). Ou seja, onde impera o praticar do amor não há julgamento somente perdão e socorro.

5 – O amor é o solo fértil onde germinará as demais virtudes do Espírito: Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. (Gál. 5:22,23). Num coração que tem o solo ácido e ocupado pelo si mesmo e pelo egocentrismo não há lugar para germinar a semente do amor.

E até aqui só foi citado uma pequena amostra dos versículos que permeiam o Novo testamento sobre o atuar do amor. E isto se fez para que entendamos que é amor é um mandamento que devemos cumprir, amando o próximo: Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. (1Jo 4:201,21). Pois como Paulo ensina o amor e o único vínculo que nos torna um como é, um o nosso Deus, na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

E, é por isto que o amor é, a mais nobre produto do desenvolvimento espiritual. Aquele que busca o praticar do amor em todo momento e em quaisquer circunstâncias, fará brilhar em si a semelhança de Deus Pai, e o Espirito Santo o inspirará a amar mais e melhor. E o resultado disto será o início da vida eterna que se dará aqui e agora e se estenderá pela eternidade na vida de Deus. O amor resulta do poder do Espírito Santo, em nós a se expressar e bençãos na vida de outrem. O triste é que muitos de nós ainda na entenderam que o verdadeiro alvo absoluto do verdadeiro Cristão, consiste de amarmos como Cristo amou, pois ele é o grande modelo de todas as virtudes espirituais. Até mesmo porque o amor nos traz responsabilidades para com o próximo e o egocentrismo nos deixa livres para seguirmos num amor-próprio exacerbado. Mas o que devemos entender é que o egocentrismo pode até parecer bom de imediato, mas como uma droga ele nos levará a destruição. E o praticar do amor mesmo que pareça dificultoso, ele nos levará para uma vida eterna que consiste em muito mais que viver para sempre, é um viver da vida de Deus. Que o amor de Cristo Jesus seja o arbitro de nossos corações.

(Molivars).