Esconder o nosso erro atrás de outrem, não é amar é egocentrismo.
Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. (Gên 3:11-13). Aqui nestes versículos podemos tirar uma lição entre tantas outras e está lição é: vemos como é comum escondermo-nos por trás de alguém, Vemos que Adão escondeu-se atrás de sua companheira Eva; e está por sua vez por trás da serpente. Quando na realidade todos seguiram o desejo do eu, desejos estes ligados a ambição e ao poder. E de lá para cá mudou-se pouco ou nada ainda hoje é comum vermos pessoas esconder-se por trás de outrem tentando justificar os seus próprios erros. E hoje agimos pior ainda quando já não temos ninguém a quem possamos culpar lançamos a mão do famoso jargão: “Deus sabe de tudo, e se isto aconteceu é porque Ele sabia o que era melhor para mim.” O triste aqui é que na hora de fazermos prevalecer a nossa vontade ou de primarmo pelos quereres nem se quer lembramos que Deus existe. É sempre o eu que está presente: o eu quero, o eu posso, o eu vou fazer assim, e que se dane os outros. Mas na hora da colheita tentamos justificar que era Deus que queria assim, mas será que era mesmo?
Lembremos que no viver humano sempre teremos tropeços e erros, mas que assumir o erro e levantar a cabeça pronto para colher o que plantamos é uma qualidade inerente ao verdadeiro ser humano. Vemos este exemplo em Davi o rei segundo o coração de Deus, ele erra ao possuir Bate seba, e quando colhe o fruto do que ele havia semeado não reclamou e nem culpou a ninguém somente orou a Deus (2Samuel capítulos 11 e 12). Mas o que vemos é sempre alguém culpando a outrem pelos seus dissabores e quando este já não tem a quem culpar culpa a Deus, ou ainda diz que amar é sofrer, mas não e isso que vemos. O amor não traz sofrimento o amor traz vida, o que traz sofrimento é o egocentrismo exacerbado, o amor-próprio tendencioso onde eu fala mais alto do que o nós. Em sua primeira carta aos coríntios no capítulo treze o apóstolo Paulo descreve as dezesseis características do amor e entre elas está: “não procura os seus interesses,” (1Co 13:5b). Ou seja, o amor não busca seus próprios interesses. O amor não é egoísta, mas sempre se mostra altruísta. Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu próprio Filho. Ê próprio do amor dar-se de si mesmo. Cristo, naturalmente é o mais elevado exemplo de como o amor busca o bem alheio, como se sacrifica visando esse bem. Jesus nos mostrou um exemplo de amor que vai de encontro ao tipo de amor tão apregoado que segue na busca egoísta da vantagem própria, que segue primando por ser amado mais do que ama, que tem como objetivo a honra pessoal e a influência do poder, como maior objetivo a ser alcançado.
O verdadeiro amor não busca seu próprio aprazimento, seu prazer, sua própria reputação, sua própria bem-aventurança, porquanto, como algo geral, o amor sempre trabalha para o bem do próximo. O amor não pergunta o que o podem fazer por mim e sim o que eu posso fazer por vocês. O esposo não se firma no que a esposa pode fazer por ele, mas sim no ele pode fazer por ela, ele não busca ter uma boa esposa ele procura ser um bom esposo, e vice e versa. No amor não se busca amigos para lhe ser útil, mas busca se útil para os amigos. No amor não se serve porque foi servido, porque o amor se apraz no servir. Ou seja, o amor está sempre disposto a dar o melhor de si, e sempre assumirá sua parcela de erro nos dissabores que a vida lhe trouxer.
Pode até ser que alguém diga: Mas Paulo está tratando do amor Cristão (Ágape). Mas a bem da verdade é que os atributos do amor deve se fazer presente em seus quatro aspectos, seja no amor fíleo, que o amor amigo; seja no amor storge que o amor família; seja no amor eros, que é o amor homem e mulher ou ainda mais no amor Cristão (Ágape). O amor é luz e sendo luz sempre nos mostrará a onde estamos errando no trato para com outrem seja em qualquer aspecto da nossa vida diária. Porque aquele que vive no amor e ama sempre será capaz de voltar atrás e pedir perdão, para que a prática do amor seja verdadeira em seu viver diário. E aqui cabe o velho jargão: “errar é humano”. Mas também devemos acrescentar algo neste jargão: “Consertar o erro também é dever humano”. Deus jamais destruiu ou destruirá amizades ou relacionamentos, somente o egocentrismo e o amor-próprio exacerbado o faz. Que cada um de nós análise a si mesmo e busque amar mais e melhor.
(Molivars).