A simples oferta que propiciou o banquete de amor (Ágape).

Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer. Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço. Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente? Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. (Joã 6:5-10). Estes versículos fazem parte do relato da multiplicação dos alimentos, e aqui vemos três pessoas que participaram do ato que Jesus propiciaria. E cada uma delas tem uma particularidade,

1 – A primeira é Felipe, vemos Jesus recorrer a ele e era natural que o fizesse, porque Felipe vinha de Betsaida (João 1:44) e, sem dúvida, conheceria o lugar. Jesus lhe perguntou onde se podia obter comida. Filipe deu uma resposta arrazoada: Disse que embora se pudesse conseguir comida, seriam necessários mais de duzentos denários para dar uma mínima quantidade a cada um dos componentes dessa vasta multidão. Segundo os historiadores, um denário representava a diária normal de um operário. Então era necessário duzentas diárias de trabalho para dar uma pequena porção de alimento para cada um dos que ali estavam. Mas como sempre Jesus vai além da razão.

2 – Então apareceu André em cena. Há um contraste entre André e Filipe. Filipe foi o homem que argumentou: “A situação é de difícil solução, não há o que se fazer.” André pensou consigo mesmo: “Verei o que posso fazer, e confiou que Jesus faria o resto.” E então saiu em busca da solução por difícil que poderia parecer. E encontrando o garoto o levou a presença de Jesus, e ao fazê-lo tornou possível o milagre da compartilhação. Jamais saberemos o que acontecerá e qual será o resultado ao levarmos alguém à presença de Jesus. Ele tinha encontrado um garoto que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos. É muito possível que o garoto os tivesse levado para almoçar. Possivelmente tinha saído para passar o dia fora e, tal como faria qualquer garoto, se uniu à multidão. E o que aprendemos aqui é o seguinte: por mais que parece sem razão ou sem propósito falar ou levar a presença de Jesus a alguém, devemos fazê-lo, pois o real valor disto somente Jesus pode saber.

3 – Agora temos o menino, este não tinha muito a oferecer, mas o fez por amor. O pão de cevada era o mais simples de todos os pães, e era desprezado. Segundo os historiadores quando alguém levava uma oferta pelos seus pecados o pão de cevada era a oferta que uma mulher adúltera deveria apresentar. Porque a cevada é a comida das bestas e o pecado da mulher era um pecado bestial. Também o pão de cevada era aquele que comiam os muito pobres. Era esta oferta simples que o menino ofertou a Jesus naquele dia. Já os peixes não seriam muito maiores que uma sardinha. No mar da Galileia abundavam pequenos peixes semelhantes à sardinha. Eram pescados e conservados em vinagre como uma espécie de aperitivos. Mais uma simples oferta de amor, que como vimos antes Jesus fez um grande banquete de amor (Ágape). E assim entendemos que se o menino tivesse retido pra si o alimento talvez este lindo acontecimento do compartilhar do amor não tivesse acontecido como aconteceu.

A linda verdade que aqui se mostra é que Jesus necessita o que podemos lhe trazer. Pode ser que não tenhamos muito a oferecer, mas ele necessita o que temos. Pode ser que neguemos ao mundo triunfo após triunfo e milagre após milagre porque ficamos arrazoando que o temos é pouco ou que a dificuldade é grande. E este medo nos faz não queremos entregar a Cristo o que temos e o que somos. Quando nos entregamos ao servir em amor e verdade vemos as coisas que Cristo pode fazer conosco e por meio de nós. Podemos sentir tristeza e vergonha por não poder oferecer mais coisas, e, é razoável que o sintamos; mas essa não é esta a razão para evitarmos ou negarmo-nos de levar o que temos e o que somos para o bem do próximo. Um pouco sempre é muito nas mãos de Cristo Jesus. Que o multiplicar do amor de Cristo Jesus seja vivo e constante em nossas vidas.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 24/10/2015
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