Ser luz na luz, ser parte integrante da ‘shekinah’ de Deus é a real meta do verdadeiro Cristão.

A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia. (Apo 21:23). As me perguntam algumas pessoas as vezes me questionam se vale a pena mesmo buscar amar e servir o próximo, se vale a pena buscar a eliminação do ódio, da preguiça, da inveja, da cobiça, do rancor da ganância e de todo o sentir egocêntrico. E ainda vão mais além perguntam se vale a pena mesmo amar sem ser amado, dar sem esperar receber e perdoar mesmo que não nos perdoem. E eu como Cristão busco sempre a resposta no Evangelho de Jesus Cristo e nEle vejo o exemplo de que realmente vale a pena empenhar a vida na busca de aperfeiçoar-se no amor. E no versículos acima vemos João descrever como em todo o capítulo vinte um do livro da revelação ele descreve a nova criação. E aqui ela fala da não necessidade de uma luz para iluminar a cidade.

Vemos ele dizer que a cidade brilha desde seu interior, não precisando de qualquer iluminação externa ou artificial. A luz de Cristo a atravessa em todas as direções, por tratar-se de ouro transparente, e nada pode impedir a difusão dos raios luminosos de Cristo. Dessa maneira, a cidade é totalmente iluminada por uma luz real e presente. Quando entendemos que Cristo é a “luz do mundo”(João 1:7-9), e Ele veio para iluminar o ser humano, entendemos que: todo aquele que realmente busca ser cópia de Cristo é iluminado por Ele, tornando-se parte integrante da luz. E aqui João mostra que isto se fez realidade e a promessa fora cumprido de modo absoluto. É claro que Deus é a real fonte de luz, em todas as dimensões, e Cristo é o mediador luminoso, conforme fica bem claro quando ele diz: e o Cordeiro é a sua candeia. (Apo 21:23C). E isto nos leva a entender que se deu pela obra do cordeiro, ou seja, a obra expiatória (Apo. 5:6), e aqui começamos a ver o real valor de todo o seu ministério de Jesus em favor da humanidade.

E este valor principia quando compreendemos que antes a luz provinha indireta e imperfeitamente de seu rosto (2Cor. 3:18). Após a obra da cruz a luz vem direta, e aqui ela chega sem que nada a ofusque; assim como antes essa luz iluminava aos homens apenas em parte, no reino de Deus ela iluminará plenamente. E ao se dar está iluminação todos nós tornaremos parte integrante da realidade de Deus, no sentido mais absoluto, porque ao buscarmos a eliminação do egocentrismo começamos a ter em nós a própria natureza de Cristo, o Filho de Deus, que é o nosso Irmão mais velho, conforme o evangelista deixa subentendido em: (João 1:12). Porque quando abandonamos a desobediência deixamos de ser filhos da desobediência e nos tornamos filhos de Deus, com o DNA de Cristo em nós.

Quando estudamos sobre a luz de Deus entendemos que antes da obra vivificador de Cristo Jesus a luz de Deus era tão intensa que nenhum ser, principalmente os seres humanos, podiam aproximar-se dela,(I Tim. 6:16). Mas na eternidade da nova criação tudo isso será então alterado, pois, por intermédio de Cristo e sua imensa iluminação, os remidos habitarão na presença ou melhor em Deus, o que era impossível, anteriormente, até mesmo para os anjos. Assim sendo, tudo isso ocorrerá porque os remidos ter-se-ão tornado filhos de sua casa, por haverem assumido a própria imagem e natureza de Jesus Cristo. E aqui começamos a entender porque vale a pena lutar e buscar incessantemente o praticar do amor, deixando de lado o ódio, o rancor, a ira, a inveja, a cobiça e todo o egocentrismo, para que nasça em nós a natureza de Cristo. E devemos entender que ser Cristão está muito mais para transformação interior do que num contentar-se de ritos e expressões exteriores.

E na nova Criação veremos o real significado do o apóstolo Paulo disse: mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. (1Co 2:9). Aqui Paulo faz alusão ao que foi dito pelo profeta: "Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. Jamais virão à mente! (Isa 65:17). E vemos isto se repetir no primeiro versículo do presente capítulo: Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. (Apo 21:1). É comum muitos de nós ligar está revelação as bençãos materiais e a algum acontecimento deste mundo cotidiano, não que isto esteja errado, mas não é o real sentido desta revelação. Ela está intimamente ligada ao participar da vida de Deus ao ser luz dentro da luz. O nosso finito intelecto não pode absorver o que será ou como seremos na nova Criação, mas como vemos João descrever nós seremos unos com Deus seremos integrados na integralidade de Deus. Seremos vida na sempiterna vida de Deus; seremos amor no amor que é Deus; seremos luz na luz de Deus, ou seja, seremos parte integrante da ‘shekinah’, do Pai. E se isto não valer a pena para nos livrarmos do egocentrismo e primarmos por um servir em amor e verdade o que valerá a pena então. Então que cada um de nós avalie a si mesmo o quanto está empenhando-se na mudança interior num sentido do aperfeiçoar-se no amor, a fim de que a semelhança de Cristo esteja em nós, para que nós possamos estar no Pai. Que o amor de Cristo Jesus seja a nossa meta real.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/10/2015
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