Que meçamos a vida e a outros com a medida do amor.

Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Então, lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. (Mar 4:23-25). Quando estudamos estes versículos vemos que além deles trazerem consigo uma ligação a lei da colheita de acordo com a semeadura, neles se abrem duas linhas de julgamentos que praticamos durante a nossa vida, mesmo que de forma inconsciente. A primeira diz respeito a aquele que vai à igreja e está direcionada a nós Cristãos. A segunda nos diz algo mais genérico, ou seja, aponta para toda a humanidade. Primeiro estudaremos o que nos diz a respeito do julgar na igreja.

A vida de um Cristão deve ir além do somente frequentar os cultos, um Cristão deve estudar a Bíblia em seu diário viver e pôr em prática o que nos ensina o Evangelho, não de forma fanática ou superficial. Mas de uma forma acurado e sempre baseado no amor, o maior mandamento. E doravante veremos um pouco de como praticar o evangelho:

1 – No estudo do Evangelho e como o julgamos; quanto mais tempo de estudo dedicarmos a um tema, mais dele entenderemos e consequentemente obteremos melhor resultado. Todos os temas de estudo são assim. Dão prazer e satisfações em proporção ao esforço que estejamos dispostos a lhes dedicar. Isto se aplica de maneira especial ao estudo da Bíblia. Às vezes sentimos que certas partes da Bíblia não nos é agradável. Mas se nos propormos a estudá-las com afinco, encontraremos nela algo que precisamos aprender e consequentemente sentiremos a satisfação em estudá-la. Um estudo superficial de qualquer tema em geral não despertará maior interesse; pelo contrário quase sempre um estudo superficial traz consigo algo de danoso para fé Cristã. Enquanto um estudo acurado despertará em nós duvidas que nos impulsionará a aprendermos mais e melhor. E certo que todo estudo a fundo realmente nos deixará entusiasmados e fascinados. Jamais poderemos ingressar nas riquezas da literatura grega antes de ter transitado o pelo duro caminho da gramática desse idioma. Mas quando nos propomos a estudá-lo e lemos a Bíblia neste idioma veremos muitos jogos de palavras que embelezam a narrativa do Evangelho. O mesmo acontece com a música, com poesia. Aprecia melhor a música aquele que conhece um pouco sobre e quanto mais conhecimento se tem maior é o prazer em ouvi-la. Na poesia podemos apreciar a rima de um soneto, mas quando conhecemos sua estrutura, um mundo da poesia se faz florido a lermos o mesmo soneto de outrora. Então estudemos o Evangelho com mais afinco para que entendamos qual seja a boa e agradável vontade de Deus para as nossas vidas.

2 – Na adoração e como a julgamos; muitos de nós pensam que adorar a Deus consiste em ir a igreja e cultuarmos, ou quando levamos o nosso dia ouvindo louvores. Sim isto faz parte do cultuar a Deus e Ele recebe. Mas a verdadeira adoração vem do praticar do amor para com o próximo. Quando respeitamos o próximo, quando ajudamos aquele que necessita, quando dedicamos um tempo de nossas vidas para o bem-estar de outrem neste exato momento estamos adorado a Deus, e entendemos isto quando lemos o que Jesus disse: O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mat 25:40). E aqui estamos medindo a vida da maneira que Deus nos medirá no dia do juízo. Pois quem semeia em amor colherá na eternidade do amor, mas aquele que semeia na efemeridade o pouco que lhe tem será tirado, não que Deus Pai lhe tirará, mas porque ele mesmo se despirá do pouco de amor que há dentro dele.

3 – Com qual estado de espírito julgamos os cultos; agora falaremos porque alguns cultos nos diz algo e outros não. Quando vamos a igreja querendo unicamente receber este estado de ânimo, nos levará a criticar o que for dito. O louvor não será aquele que esperávamos, o sermão se fará enfadonho aos nossos ouvidos. Veremos todo o culto como uma obra posta em cena única e exclusivamente para nosso próprio entretenimento. Mas se vamos a igreja com o ânimo disposto a dar seremos parte deste culto. Devemos recordar que o culto é um ato grupal e que cada um de nós pode fazer algo para contribuir. Devemos sempre perguntarmos a nós mesmos; “Em que posso contribuir a para que este culto seja um ato agradável a Deus e aos meus irmãos?” E não perguntarmos; “O que posso obter deste culto?” Quando estamos dispostos a servir o resultado é sempre melhor, e muito mais rendoso do que se só assistirmos com a intenção de receber coisas. Jesus nos ensinou que seu reino será feito daquele que serve mais e melhor.

E ainda dentro do culto podemos estar como um estado de espírito que nada espera. Nossa assistência pode ser devido ao hábito e a rotina. Pode formar parte do horário que estabelecemos para distribuir nosso tempo. E ao final do dia, vamos ao culto para nos encontrar com Deus e quando nos encontramos com Ele nem o vemos. E com este estado de espírito podemos até encontrar com Deus, mas como acontece com aquele que anda pela rua distraído e não vê o amigo, assim se sucederá conosco. Vazios saímos de casa e vazios voltaremos para ela.

Mas quando estamos com estado de espírito preparado para servir e ser benção na vida de cada um que se aproximar de nós. O cultuar na igreja se fará pleno, porque o amor de Deus nos susterá tornando-nos amorosos. E este circular do amor em nosso organismo nos fará felizes como a ocitocina faz feliz a mãe que amamenta o filho. E aí o pouco que se tem se tornará muito e mais uma vez mediremos a vida com a medida que Deus nos medirá, a saber a medida do amor. Que o amor de Cristo Jesus nos torne melhores no amor.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 05/09/2015
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