Tarcísio, o menino santo da EUCARISTIA na Igreja Primitiva.
REFLEXÃO DIÁRIA: 17 DE AGOSTO DE 2015
Mártir da Eucaristia
Palavra do homem
Foi no tempo das perseguições romanas. Um grupo de fiéis, no silêncio das catacumbas, acompanhava a santa missa. Após a comunhão, o sacerdote entregou a Tarcísio, uma sacolinha de pano e disse:
– Vai, Tarcísio. Aqui estão as hóstias consagradas. Aqui está Jesus que irás levar aos nossos irmãos prisioneiros. Que ele te acompanhe. Vai, meu filho.
O pequeno diácono, de treze anos apenas, subiu as escadinhas sombrias do subterrâneo e ganhou a rua. Parece que ninguém reparou naquele menino que caminhava um tanto fora da rua, com as mãos sobre o peito, como que resguardando alguma coisa muito preciosa.
Mais na frente, numa pequena praça, um grupo de meninos avistou Tarcísio e gritou:
– Venha brincar conosco. Falta um parceiro para começar o jogo.
– Agora não posso. Vou levando um recado urgente. Na volta, sim.
– Queremos agora… Mas o que você vai levando aí? Mostre-nos logo.
Ele se recusou. Os garotos insistiram. Ameaçaram, empurraram. Ele resistia porque, pagãos que eram, poderiam profanar as sagradas especieis.
A resistência fez recrudescer o assanhamento dos garotos. Começaram a dar-lhe pontapés e pedradas. O menino caiu no chão, ensanguentado. As mãos continuavam protegendo a santa Eucaristia.
Foi quando apontou ali um soldado, guarda do quarteirão. Era Quadrato que, às escondidas, costumava frequentar o culto dos cristãos. Os moleques fugiram ao ver o soldado aproximar-se. Levantando do chão o pequeno mártir, exclamou surpreso e comovido:
– É Tarcísio. Já vi esse menino nas catacumbas…
O pequeno mártir morreu nos braços do soldado, com as mãos apertando ainda a santa Eucaristia contra o peito.
Palavra de Deus
Eu sou a videira vocês são os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, produz muito fruto… (Jo 15,5)
Fazemos memória hoje a São Tarcísio (séc.I)