O real valor de uma amizade sincera.
Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. (Mar 2:3-5). Nesta passagem vemos quão bela a força da verdadeira amizade, ou seja, uma amizade que advém da busca do praticar o amor. Ao estudar está passagem podemos notar que este homem foi salvo pela fé de seus amigos e entendemos isto quando narrativa diz: “Vendo a fé que eles tinham,” (Mar 2:5 A). O lindo desta história é ver que estes homens não mediram esforços para levar o amigo a presença de Jesus. A fé premente daqueles que não se detiveram ante nenhum obstáculo para levar a seu amigo a Jesus, obteve a cura. E ainda hoje assim o é, se olharmos a nossa volta veremos pessoas paralisadas na vida, seja em qual aspecto for de sua vida. E está pessoa precisa que apresentemos Jesus para ela. Mas é bom que entendamos que não podemos forçar a ninguém a ver sentir ou buscar o amor de Jesus. Para que possamos levar está pessoa a presença de Jesus é preciso que demonstremos com atos de amor e de amizade que somos alimentados e conduzidos por este amor. É bem certo que não podemos ensinar a outrem o que é ser Cristão somente com palavras, se faz necessários demonstrar com atos de amor e respeito, e as vezes teremos que carrega a cama com os pesos dos defeitos e liberar o caminho tirando os galhos dos preconceitos a fim de que este chegue a presença do amor de Cristo. E devemos saber que as vezes as mãos vão doer e a vontade vai fraquejar, e ai que devemos pedir ajuda ao Espirito Santo para que nos de forças para cumprirmos a nossa meta de levarmos o ente querido a presença de Jesus. Porque aquele que busca santificar-se limpa dos seus olhos a visão preconceituosa, deixando clara a visão do amor em Cristo.
Ao estudarmos o evangelho vemos que a verdadeira santificação vem quando nos livramos dos nossos eitos, preceitos e preconceitos para fazer a vontade de Cristo Jesus num servir em amor e verdade. Jesus não nos chamou para vivermos somente uma religiosidade, antes nos chamou para sermos discípulos pois este é um de seus mandamentos: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, (Mat 28:19 A). E o verdadeiro discípulo é aquele que busca ser cópia de seu mestre. E o nosso mestre sendo Deus tornou-se amigo de nós pecadores, não pelo uso do poder, mas sim pelo exemplo vívido do amor. E foi o amor destes amigo os moveram a levar o paralítico mesmo que os demais os olhassem com reprovação. Quando estudamos o contexto desta passagem vemos que as pessoas daquela época tinha uma crença, de que as doenças advinham resultados dos pecados. E entre eles pensavam que este homem estava assim por ter cometidos pecados inculcando a ele culpa, vemos isto relatado no livro de Jó: “Que inocente se perdeu?”, é a pergunta de Elifaz o temanita (Jó 4:7). E ainda hoje vemos isto acontecer estamos sempre prontos para buscar um culpado ou a inculcar culpa na alma de alguém. E o pior na maioria das vezes fazemos isto com aqueles que estão sob o nosso teto. E a beleza que exala desta passagem é que estes amigos não olharam deste ponto de vista, antes eles se propuseram a mudar a situação de seu amigo e não mediram esforços para fazê-lo.
E finalmente vemos Jesus mostrar que o poder do perdão pode mudar a vida de alguém, o perdão cura o ser humano como um todo cura o corpo porque o livra da enfermidade causada pela culpa que atormenta a alma. E torna a alma livre pois desocupa o espaço ocupado pelo sentimento ruim. E fortalece o espírito porque este experimenta o agir do amor, e o agir do amor nos aproxima de Deus. Até aquele momento pode ser que aquele homem tinha Deus Pai como seu inimigo, mas quando Jesus diz: “Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Mar 2:5). Soa como se Ele dissesse: "Filho, e amigo de Deus, o Pai não está zangado com você. Volte a viver, e seja feliz e não tenha mais medo." E, é assim que Deus vê cada um que se arrepende e busca o seu perdão amoroso. E aqui se faz bem em lembrar que como discípulos de Cristo devemos praticar o perdão em nosso diário viver. Todo o evangelho está voltado para a prática de um amor perdoador. Pois o perdão quando praticado de ser humano para com outro também produz uma dupla cura: O perdão cura o perdoador pois livra a sua alma do peso do mal sentir, e o faz sentir o amor que traz vida, tornando-o coparticipante da vida de Deus. E cura o perdoado pois o livra do peso da culpa do ressentimento, liberando o fluir de seu ser, em amor que flui do espírito pela alma e se resplandece no brilho do corpo.
E o que aprendemos com tudo que foi dito?
– Aprendemos que Deus está sempre pronto a nos perdoar seja qual for o nosso erro.
– Aprendemos que a exemplo de Deus Pai, o perdão tem que ser praticado a todo instante de nossas vidas.
– Aprendemos que o verdadeiro Cristão não mede esforços para levar outrem a presença de Deus.
– E por fim, mas não menos importante aprendemos quão importante é termos amigos; porque pode ser que a maior alegria do paralítico ao ser curado, foi a de ter percebido que ele pôde contar amigos sinceros apesar das circunstancias.
(Molivars).