A parábola da moeda Perdida, mostra um Deus que busca o Ser humano.

Continuando o nosso estudo do capítulo quinze do evangelho segundo Lucas, vemos que nos estudos anteriores na generalidade do capítulo aprendemos sobre a essência do Cristianismo, na parábola da ovelha perdida e da alegria do pastor aprendemos que Deus se alegra quando encontra aquele que se perdeu. E desta feita vamos estudar a parábola da moeda perdida, e nela vamos aprender sobre a novidade de Deus que procura aquele que se afastou dEle. Jesus narra nesta parábola o seguinte: "Ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la? E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda perdida’. Eu lhes digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende". (Luc 15:8-10).

A moeda em questão era uma dracma de prata, Não seria difícil perder uma moeda em uma casa na Palestina, pois segundo os historiadores; as casas palestinas eram muito escuras, a luz do dia adentrava as casas por uma pequena janela circular de não mais de cinquenta centímetros de diâmetro. O piso era de terra batida e recoberto com madeiros roliços de juncos secos; logo então procurar uma moeda em um piso como esse era uma tarefa difícil. E como Jesus narra: A mulher acendeu uma candeia, varreu a casa e procurou atentamente, até encontra a moeda perdida. Aqui vemos dois atos interessantes. A candeia iluminou o recinto e a vassoura ao varrer o chão faria a moeda tilintar e ela escutaria a moeda soar entre os juncos. Assim fez Deus Pai para conosco com a luz da misericórdia Ele nos busca, e com a vassoura da graça representada na obra da cruz Ele varre os detritos do pecado em nós para que a valorosa moeda do amor tilinte dentro de nossos corações, e então com festejos de alegria Ele nos brinda com a vida eterna.

Mas voltemos ao estudo da parábola. Nesta parábola se apresenta duas razões para que a mulher buscasse com avidez a moeda perdida.

1 – A primeira Pode ser que tenha sido por necessidade. A moeda não era de muito valor pois representava um pouco mais do pagamento de uma jornada diária de um operário na Palestina. Mas o que devemos entender é que as pessoas da época viviam sempre com o justo, e pouco, por pouco que fosse se faltava tornava a vida difícil. Bem pode ser que a mulher a buscasse com intensidade porque se não a encontrasse a família não poderia comer, ou lhe faltasse para luz da candeia.

2 – A segunda se faz mais romântica. Segundo alguns historiadores na Palestina o símbolo de uma mulher casada era um toucado (turbante ornado por medalhas ou moedas) este turbante era ornado com de dez moedas de prata unidas por uma cadeia de prata. Era de costume que uma jovem poupasse durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha era efetivamente dela e não podiam tirar para pagar dívidas. Bem pode ser que a mulher da parábola tivesse perdido uma dessas moedas, e a buscava como qualquer mulher de nosso tempo faria se tivesse perdido seu anel de casamento ou noivado.

Bom em qualquer caso se nos colocarmos no lugar desta mulher poderemos sentir a alegria que ela sentiu ao encontrar a moeda perdida. Esta parábola nos remete ao lindo sorriso que brilhou nos rosto da referida mulher quando viu o brilho da elusiva moeda e a teve em sua mão novamente. E aqui novamente é como se Jesus dissesse assim é Deus, Ele se faz em alegria e junto com todos os anjos, festejam quando um pecador chega ao lar, tal qual a alegria de um lar quando se encontra uma moeda perdida que pode salvá-los da fome; é como a alegria de uma jovem mulher que tinha perdido sua posse mais apreciada, que o seu valor ia além do valor em dinheiro, pois carrega consigo o valor de um sonho realizado. Assim é o nosso Deus na alegria de nossa volta.

Os povos da época e principalmente os escribas e os fariseus jamais tinham sonhado com um Deus assim. Era algo absolutamente novo o que Jesus ensinou a humanidade a respeito de Deus, que realmente Ele procura os seres humanos e quer achá-los. Os judeus teriam admitido que se uma pessoa buscasse arrastando-se perante Deus, implorando misericórdia, podia achá-la; mas nunca teriam concebido que Deus Pai saísse em busca dos pecadores. E, é esta nossa glória crer no amor de Deus que busca; porque vimos e vemos esse amor encarnado em Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador que precisou buscar e salvar o que se havia perdido. Nisto se firma a beleza desta parábola. Que o amor de Deus que nos busca seja pleno em nós, e que a sua plenitude nos torne buscadores no amor.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 21/06/2015
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