Estudo da Parábola da ovelha perdida e da alegria do pastor.

Vamos continuar estudando o capítulo quinze do Evangelho segundo Lucas, no estudo anterior estudamos de um modo geral este capítulo onde entendemos que aqui está a essência do cristianismo. E agora estudaremos em separado cada parábola do presente capítulo, desta feita estudaremos a parábola da ovelha perdida: Então Jesus lhes contou esta parábola: "Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la? E quando a encontra, coloca-a alegremente sobre os ombros e vai para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida’. (Luc 15:3-6).

Para que possamos entender melhor o significado da parábola da ovelha perdida e da alegria do pastor precisamos entender o contexto histórico da época. Segundo os historiadores, ser pastor na Judeia era uma tarefa dura e perigosa. Os pastos eram escassos. A estreita meseta central tinha só uns poucos quilômetros de largura, e logo se precipitava nos penhascos selvagens e a terrível aridez do deserto. Não havia paredes de demarcação e as ovelhas deambulavam sem a proteção de cercas ou muros. Em poucas exceções, mas geralmente pastor pastoreava um rebanho da comunidade ou vilarejo, ele era responsável pessoalmente pelas ovelhas. Se se perdia uma, devia trazer de volta pelo menos a lã para demonstrar como tinha morrido. Estes pastores eram peritos em rastreamento, e podiam seguir os rastros da ovelha perdida por quilômetros nas colinas. Não havia nenhum pastor que não sentisse que seu trabalho de cada dia era dar sua vida por suas ovelhas. E como a maioria dos rebanhos pertenciam à comunidade, não havia indivíduos e sim a aldeias. Dois ou três pastores estavam a cargo deles. Aqueles cujos rebanhos estavam a salvo chegavam a tempo a seu lar, mas se levavam a notícia de que algum deles estava ainda na montanha procurando uma ovelha que se perdeu, toda a aldeia ficava aguardando, e quando, à distância, vissem o pastor retornando ao lar com a ovelha perdida sobre seus ombros, reinava a alegria na comunidade.

É este é o quadro que Jesus deu de Deus; com esta parábola Jesus diz; assim é Deus nosso Pai. Sua alegria se faz completa quando encontra um pecador perdido, tal qual o pastor que volta, ao lar com sua ovelha extraviada. E aqui entendemos que Deus se alegra quando encontra algo que se perdeu. E Ele só vê a alegria do reencontro e jamais lembra do motivo ou feitos que levou este ser a se perder. E aqui fica um pensamento maravilhoso e o brilho de uma verdade tremenda; de que Deus é infinitamente misericordioso de uma maneira que o intelecto humano jamais poderá entender. Em contraste com os ortodoxos da época que separavam os coletores de impostos e os pecadores como se estivessem atrás de uma muralha e não merecessem mais que destruição. Deus não procede assim. Os homens podem deixar de ter confiança em um pecador. Deus não. É bem verdade que Ele ama os que nunca se desencaminham; mas também é verdade que Ele sente em seu coração a alegria das alegrias quando alguém que estava perdido é achado e volta ao lar entendo que o amor é a maior força de todo o universo; e, é este amor que torna mil vezes mais fácil voltar para Deus que enfrentar as críticas e o rechaço dos seres humano. Aqui fica um ensinamento que todos mestres, todos líderes e todos os Cristãos devem levar gravados em seus corações, que a exemplo de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; devemos receber com a alegria do reencontro aquele que estava perdido tratando-o com toda honra e carinho que Deus nos tratou e trata. Pois só assim poderemos nos chamarmos de Cristãos. Que a Paz de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 20/06/2015
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