Misericórdia Quero e Não Holocaustos.

Quando estudamos este versículo vemos Jesus nos ensinar o que realmente Deus quer que façamos, quando Ele diz: Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento. (Mat 9:13). Jesus aqui reafirma o que diz o profeta Oseias: Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. (Osé 6:6). E com isto Ele nos ensina que aquele rio de sangue que corria do templo de todos aqueles animais sacrificados de nada valia, se não tivesse o amor como base. Pois somente quando praticamos o amor e que conhecemos a Deus, e o amor, é o real perfume que agrada a Deus. E quando o amor é a base de nossos atos sempre se fará presente a misericórdia, antes do sacrifício ou dos ritos. E Jesus nos mostrou isto de forma vívida e vivida que o amor a Deus se mostra na misericórdia, pois quando a misericórdia se faz presente em nossos corações entendemos que a necessidade humana deve vir sempre a frente dos ritos e rituais. Quando estudamos o contexto histórico da época vemos que os escribas e os fariseus dos tempos de Jesus interpretavam a religião de uma maneira que continua sendo comum entre muitas pessoas.

1 – Eles se preocupavam com a preservação de sua própria santidade e a usava como escudo, quando deveria expressar a sua santidade ajudando a outros saírem do pecado. Eram como médicos que se negam a visitar os doentes por temor ao contágio. Quando deveriam calçar as luvas da bondade e vestir o avental do amor e pôr em prática a valorosa misericórdia. E seguiam desviando-se dos pecadores como se não tivesse nada a ver com eles, mas sem perceber caminhavam irmanados com o pecado da indiferença. Sua religião era essencialmente egoísta; procuravam mais sua própria salvação que a salvação de outros. Afastando-se da vontade de Deus Pai, e seguiam praticando um egocêntrico antropocentrismo em vez de um teocentrismo misericordioso. E hoje em dia muitos de nós faz o mesmo seguem pela vida gritando santidade, mas em seu interior alimenta sentimentos de rancores, iras, cobiça, inveja e diante de um embate o seu lado belicoso sempre fala mais alto, quando na realidade deveria agir como pacificador.

2 – Ocupavam-se mais em criticar que em estimular a outros. Estavam mais dispostos a condenar as faltas de outros que a ajudá-los a superá-las. Estavam sempre dispostos a apresenta a ponta do açoite, do que mão misericordiosa do afago. Nosso primeiro instinto não deve ser jamais condenar o pecador, mas procurar a melhor maneira de ajudá-lo. Devemos sempre nos perguntar o que quer que eu faça senhor como ensina o profeta Miqueias: Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. (Miq 6:6-8). E fazendo isto entenderemos que devemos ocupar todos os nossos esforços no sentido da achar uma maneira de ajudar aquele que erra, no reparo de seu erro. Devemos ter em mente que Deus Pai tudo fez para nos perdoar, e, nós nada fizemos para merecer o perdão. Jesus derramou o seu sangue na cruz para que nós tivéssemos o perdão como algo palpável, e mais que o perdão Ele nos proporcionou a vida eterna. Mas é comum esquecermos que fomos beneficiados pelo amoroso perdão, e que por gratidão deveríamos praticar o perdão. Jesus no sermão do monte disse: se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. (Mat 6:15). É fato que a nossa natureza humana nos impede de perdoar, mas também é verdade que o Espirito Santo sempre nos capacitará no perdão, se em oração pedirmos que Ele coloque o perdão em nossos corações.

3 – E quando eles praticavam a bondade o faziam como moeda de troca. Era um ato que carregava consigo a carga da condenação. Praticavam uma forma de bondade cujo resultado era a condenação em vez do perdão ou da caridade. Eram capazes de deixar a um homem na sarjeta em vez de estender a mão para ajudá-lo a sair dela. Estavam mais interessados em justificar o sofrimento alheio, como pagamento do pecado. Ocupavam-se mais em olhar depreciativamente a outros, em vez de fazê-lo com benevolência e amor. O triste é que deveríamos ter aprendido algo com esta maneira errada de agir, mas isto não aconteceu. Porque hoje ainda vemos isso acontecer, é comum quando alguém está passando por dificuldades alguém dizer que é devido o pecado. Lembremos que quando pensamos que não temos pecados é quando ele abunda em nosso interior, pois quando contextualizamos o que Jesus disse: pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento. (Mat 9:13b). Entendemos que Ele quis dizer: Não vim para convidar a pessoas tão satisfeitas consigo mesmas que estão convencidas de sua bondade e santidade, que acreditam não necessitar a ajuda de ninguém; vim para convidar aos que são conscientes de seus pecados e sabem desesperadamente que necessitam de um salvador. Ou seja, somente aqueles que reconhecem o seu estado, e conhecem a si mesmo entendem o quanto precisam do amor salvador de Jesus Cristo, e então apressam-se a aceitar o convite, para uma vida com Cristo e em Cristo.

E com isso entendemos que o praticar do perdoar aliado a bondosa misericórdia nos faz seguir irmanados com Cristo Jesus, e que a misericórdia, perdão e bondade são os ingredientes do dom supremo que é o amor. E que todo Cristão deve buscar este dom durante a sua vida aqui na terra. Para que em um futuro próximo possa viver a plenitude do amor de Deus Pai na vida eterna.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 04/06/2015
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