O FUNERAL DE UM TIPO DE AMOR
Mateus: 24. 12. e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
Esse texto chama nossa atenção para um futuro ou presente sombrio da Igreja, atesta que o maior de todos os dons esfriará. Em 1 corintios 13 é falado a respeito desse dom e algo nos ressaltam aos olhos quando comparamos essas duas passagens. A primeira passagem diz que o amor esfriará, mas a segunda passagem diz que esse dom jamais acaba, e mais forte que isso, diz que esse dom é eterno. Uma aparente contradição se apresenta, como pode o dom supremo concedido por Deus a Sua Igreja, aquela que manifesta Sua Graça e Misericórdia no mundo vir a perder seu fervor, vir a ceder em sua principal característica que durante o passar dos séculos tem aquecido o coração de homens chamados para a salvação, chamados para o serviço, chamados para com sua chama flamejante alumiar até mesmo as mais densas trevas e resplandecer a Glória eterna do Rei excelso... afinal o amor estaria destinado a perecer?
O texto aponta para a causa desse fato, o motivo pelo qual o amor em questão perderá a sua tropicalidade e adentrará nessa nevasca profunda, os dias de inverno intenso, onde nem mesmo os casacos da hipocrisia, ou os cobertores da farsa espiritual de alguns conseguirá disfarçar que o amor padece onde o sutil desprezo pelo alto e pelo Altíssimo é evidente, na negligência dos compromissos firmados, na pesada carga de um testemunho que deveria ser suave, na caricatura de adoradores que abrem os lábios ao louvor mas nunca tiveram seus corações abertos ao Espírito, e não param de produzir frutos murchos, podres e indigestos. A esses na verdade a Igreja nunca teve a subtração, na verdade são eles que promovem a divisão e me assustaria menos essa passsagem, se ao menos eles fossem apenas somados com o passar do tempo, mas é assustador quando diz que se multiplicará, sua expansão será barulhenta e visível, mas pior que isso, será incontável. Esses serão chamados iníquos, não são apenas transgressores, que erram o alvo exigido pela lei santa, são iníquos, que perderam a sensibilidade do que significa pecar, tratam esse câncer do pecado como gripe passageira, o conselho de Deus em seus ouvidos não passam de pedidos antiquados, pois a Bíblia virou peça de um antiquário, não porque não fazem uso delas, pelo contrário eles possuem várias, das mais coloridas, bíblias inclusive onde se lê na linguagem fútil que eles mesmos falam, mas nem assim a compreendem, são como livros empoeirados e imprestáveis para sua formação moral. Será visto ou já vemos a progressão geométrica dos que provam (rão) do esfriamento do amor, mas como podemos perceber, é falsa sua conversão, é falso seu louvor, um ato de teatro seu testemunho, uma ficção sua adoração. E seu amor? como o orvalho da manhã logo passa... logo esfria, o cortejo fúnebre desse amor é apenas questão de tempo, a causa de seu óbito é a necessidade de santidade e piedade, incompráveis ao iníquo mas gratuito ao selado pelo Espírito. Mas e o verdadeiro amor? Esse Sofrerá por proclamar, corrigir e exortar, será zombado por edificar e criticado por admoestar, será perseguido ou por uma multidão de inimigos ou pela aparente solidão ao escolher corretos princípios. Glória seja dada ao autor do amor, que o fez eterno Nele mesmo, o verdadeiro amor jamais acaba.