A sonoplastia do bem com mal
Humanos disfarçados do bem negociam com o mal a presença do terror mais adequado que categoriza a classe de um e a inércia do outro.
O inimigo mais invisível conduz um criminoso real que não pode ser visto dentro de si.
Pois do mais terrível genocídio está à atrocidade.
Acampado em todos os gêneros esconde-se por detrás do alter ego, encorpado de gente aparentemente livre no entorno de apressadas e calmas conversas aborrecidas.
Todo psicótico serial no cotidiano social poderá ser qualquer um que caminha entre indivíduos emocionais ou traumáticos, lento e veloz, bastando despertar no oráculo do seu espírito o ódio carregado de sua temporização.
A inocência não contabilizará a sequência da culpa nos golpes que esfacela o grito, do ríspido trinco no estereótipo do mesmo ser, violentado e que violenta.
Será do bem o surgimento do mal, onde a escuridão que clareia dá a luz às duas naturezas que fraterniza a separação de suas criações indivisíveis?
A lei reprime o cão ardil de nossa feroz espécie, porém não elucida o retorno para o que achamos não existir.
Vimos à ciência da árvore jardineira, que éramos nós, sendo tocada pelo rastejo na fisgada de um réptil que está em todos.
Paulo Nascimento.