Comentário da Liturgia do 
 10º Domingo do Tempo Comum
 

        1Rs11.17-24; Sl29(30); Gl 1,1-19; Lc 7, 11-17

Numa aldeia perto de Nazaré, por nome de Naim, dois cortejos se encontram à porta da mesma. Um composto por pessoas felizes, esperançosas que seguem o Mestre, o outro por pessoas tristes, pesarosas que acompanham o único filho de uma viúva para sepultá-lo. Jesus se compadece da viúva judia, sem que ela expresse nenhuma fé nele, toca o caixão do morto, infligindo os códigos de pureza e devolve a vida ao jovem. O primeiro cortejo representa a comunidade cristã radiante de alegria porque está junto do Senhor da Vida. O segundo, que caminha sem esperança para o cemitério considerando a morte um derrota, o fim de tudo, representa no contexto, a humanidade abatida e desesperada que ainda não teve a experiência de um encontro com Cristo. Jesus ao dizer “Levanta-te” ou “ressuscita” produziu uma mudança radical na situação. O choro se transforma em alegria e louvor, os dois cortejos se juntam para dar gloria e agradecer pela chegada do tempo messiânico. É natural chorarmos a morte de um ente querido e Jesus ao dizer “não chores mais” não quis impedir que a mãe deixasse de manifestar a sua dor humana, ele apenas quis que ela entendesse que a morte não é o encerramento de tudo. Hoje, nós cristãos somos chamados a repetir o gesto e as palavras de salvação de Jesus aos que passam por momentos dolorosos para que eles tenham a certeza de que Deus está conosco em todos os momentos.Precisamos entender que Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva; e que Deus realiza maravilhas em nós e por nós em favor dos irmãos, como realizou na vida da viúva de Sarepta,, na vida de Paulo lhe dando sua missão diretamente, de Pai para discípulo, e na vida da viúva de Naim. Lembremos sempre que Jesus está entre nós na Palavra e especialmente na Eucaristia e que Ele caminha conosco lado a lado nos comunicando vida para que a comuniquemos aos irmãos, especialmente áqueles que estão mortos espiritualmente. 



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