O amor e a paz de Cristo como arbitro de nossos corações.
Aqui o apóstolo Paulo exorta o povo da igreja de colossos para que deixem que precioso vinculo do amor se faça presente na vida de cada Cristão, e que paz advinda de Cristo jesus seja o arbitro nos corações dos mesmos: acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. (Col 3:14,15). O amor é o poder de união que mantém intimamente ligado todo o corpo cristão. A tendência de toda sociedade de pessoas é, mais cedo ou mais tarde, desagregar-se; somente no amor existe o real vínculo que mantém inquebrantável a comunhão. Mas é bom que entendamos que o amor que nos mantém unidos não o tipo de amor que fica calado ante o erro ou é conivente com mal. O amor que mantém o povo unido é um tipo de amor ativo que busca incessantemente corrigir o erro, ou seja, ele não folga com a injustiça, mas luta pela justiça.
Mas este amor produz paz, porque por mais que ele luta contra a injustiça ele está sempre pronto a perdoar o injustiçador. O amor busca sempre servir mais quê; e quando por algum motivo ele admoesta a outrem ele tem paz porque serviu muito mais que foi servido. Quando Paulo diz: Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, (Col 3:15 A). Isto nos remete uma certeza de que devemos sempre buscar servir mais e melhor para que no momento da ingratidão a paz se faça presente em nossos corações. Porque só pode descansar em paz aquele que serviu mais e melhor. Mesmo que falem que nós não sabemos ou não praticamos o amor que pregamos, ainda assim a paz se fará em nós porque sabemos a quem servimos e porque servimos e amamos.
Quando Paulo menciona a paz de Cristo, ele nos mostra uma imagem expressiva que deve nos levar a entender: “Que é a paz de Cristo que deve decidir tudo em nossos corações”. E não a paz que advém de uma politica de bom conviver, que na maioria das vezes vem ao custo de matarmos um respeito ou um direito de outrem, em favor deste ou daquele. E aqui cabe uma pergunta o que quer dizer literalmente? “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração” A palavra que ele usa aqui no grego é: “βραβευω brabeuo”. Este verbo segundo os linguistas era empregado nas arenas dos campos atléticos: é a palavra que se aplicava ao árbitro que com sua decisão restabelecia a ordem em caso de disputa. E quando entendemos isto, entendemos que, se a paz de Jesus Cristo for o árbitro no coração de cada ser humano então, quando entrarem em conflito os sentimentos e quando formos arrastados em duas direções ao mesmo tempo ou quando a caridade cristã estiver em conflito em nossos corações com a irritação, com a mágoa ou com o desejo de vingança entenderemos que tais emoções são emoções anticristãs. E quando vier o desejo de falarmos mal da vida de alguém querendo nos defender de um erro. Devemos levar este desejo para que o arbitro que é Jesus julgue. Pois a decisão de Cristo nos levará pelo caminho do amor, e sempre mostrará que o perdão e o mais caro ato da vida de um Cristão. E desta maneira a Igreja continuará sendo um só corpo, tal como deve sê-lo. O caminho para operar retamente é designar a Jesus Cristo como o árbitro das nossas emoções, e Ele dirimirá a emoções que trazem conflitos em nossos corações. Então que a paz de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações.
(Molivars).