Ressurreição para uma vida eterna em amor e verdade.
Nestes versículos vemos Jesus responder sobre a ressurreição aos saduceus que nos versículos anteriores o indagavam de maneira ardilosa tentando deixar Jesus sem resposta. Mas o que vemos é, Jesus responder a pergunta usando como exemplo o pentateuco (Êxodo 3:6), livro que estes estudavam de forma minuciosa. E vemos isto quando Jesus diz: Pois, quando os mortos ressuscitarem, serão como os anjos do céu, e ninguém casará. Vocês nunca leram no Livro de Moisés o que está escrito sobre a ressurreição? Quando fala do espinheiro que estava em fogo, está escrito que Deus disse a Moisés: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. ” E Deus não é Deus dos mortos e sim dos vivos. Vocês estão completamente errados! (Mar 12:25-27). E desta linda e sábia resposta podemos tirar dois exemplos para nos orientar:
1 – Os saduceus tinham cometido o engano de criar um céu à semelhança da Terra. Pensavam em termos das coisas desta Terra. Quando percorremos a história de outras religiões vemos que os seres humanos sempre têm feito isso. Os índios americanos tinham, uma natureza de caçadores, e baseado nisto pensavam que o céu seria um feliz lugar de caça; os vikings; que eram guerreiros por natureza pensavam em um Walhalla onde o sol brilharia incessantemente e haveria combates todos os dias, onde de noite os mortos ressuscitariam e os feridos se curariam, e onde passariam as noites em banquetes, bebendo vinho em taças feitas com os crânios de seus inimigos vencidos. Já os maometanos eram um povo do deserto que viviam em circunstâncias em que o luxo era desconhecido. Logo concebiam o céu como um lugar em que os homens viveriam uma vida repleta de todos os prazeres sensuais e físicos. E assim por diante. Mas Jesus nos promete a ressurreição e a vida eterna no amor de Deus e Paulo acrescenta algo mais quando ele diz: mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. (1Co 2:9). E quando o apóstolo Paulo diz isto ele está fazendo alusão a vida eterna após a ressurreição baseando-se no que diz o em Isaías: Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera. (Isa 64:4). E neste primeiro exemplo aprendemos que a vida eterna está fora da cogitação humana, pois a vida eterna não será para preencher lacunas sentimentais ou satisfazer a necessidades emocionais humanas. Seremos novos seres tríplices como hoje somos, mas seres de um novo mundo em uma nova vida e numa razão. E Paulo ensina isto em: Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. (1Co 15:53). Mas este versículos nos dá assunto para um outro estudo.
2 – Aqui Jesus fecha a conversa mostrando de forma firme, em que está embasado o ensino da ressurreição. Jesus baseava sua convicção da ressurreição no fato de que a relação entre Deus e um ser humano obediente e que prática o amor é uma relação que nada pode romper. Uma vez que alguém entrou em uma relação pessoal com Deus eterno, essa relação é eterna. Deus era amigo de Abraão, de Isaque e de Jacó quando viviam. Essa amizade não pôde cessar com a morte. Ele nos ensina uma relação de amor verdade com Deus jamais será interrompida pela morte. Porque o amor é eterno e sendo Deus o próprio amor aquele que prática o amor se alimenta de um alimento eterno. Tornando-se assim eterno como Cristo é eterno no Pai. O salmista está pensando nisto quando diz: Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. (Slm 73:24). E sendo assim devemos entender que a grande promessa de Jesus Cristo a todo Cristão é de uma ressurreição que o levará a uma vida eterna em novidade de amor no seio de Deus Pai.
(Molivars).