Comentário da Liturgia do sábado
   da 9ª semana do Tempo Comum
     Tb12,1.5.15-20; Sl Tb 13,2.6.7.8; Marcos 12, 38-44


Jesus concluiu o diálogo havia tido com os letrados no templo e advertiu a multidão que o escutava reunindo algumas críticas contra as autoridades corruptas , como fizeram os profetas que o precederam. Tanto os letrados como os doutores da lei usavam e abusavam da autoridade para dominar o povo. Jesus os acusa de vaidade, parente da soberba, da exploração das classes sociais menos favorecidas especialmente os órfãos e as viúvas indefesas, ao contrário dos profetas Elias e Elizeu que os socorria. Contrastando com a cobiça e o exibicionismo deles Jesus elogia a atitude de uma viúva pobre, humilde e desprendida, como aquela que partilhou com o profeta Elias, a última porção de alimento que possuía para si e seu filho num tempo de seca. O Mestre faz uma denúncia e dá uma lição. Mesmo sem saber os 613 preceitos criados pelos doutores da lei, como emendas ao Decálogo, a viúva sabia doar, devolver a Deus o que era de Deus. No caso dela, em duas pequeninas moedas, estava doando tudo que possuía, a sua própria vida, com amor e por amor sem esperar recompensas e elogios, diferente de muitos que depositavam grandes quantias, retiradas do supérfluo das riquezas acumuladas injustamente, apenas para aparecer publicamente. Devemos sempre agir como Tobit e Tobias que desprendidamente e com justiça partilham com reconhecimento e sabem louvar, bendizer e glorificar o Deus que tudo faz por nós.. A doação do que temos e do que somos, deve ser feita por nós, tanto a Deus como aos irmãos, com humildade e por amor e sem ostentação. Deus não olha a aparência olha a sinceridade da nossa doação. Peçamos a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, a graça de sermos sinceros e sabermos nos doar com fé e amor e humildade. 


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