O "argumento" da calúnia
“O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza, e dá-se por seguro.” Prov 14; 16
Temos duas reações ante o mal; uma do que evita desvia-se; outra, do que se irrita com a correção e se sente seguro. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que, o uso da violência, da agressão onde deveríamos usar argumentos, é admissão de culpa, ou, de falta de argumentos.
O senhor sofreu na face um “argumento” assim. “E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?” Jo 18; 22 e 23 Vemos que, o uso da violência, da agressão onde faltam argumentos é um mal bem idoso.
“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute idéias.” Pv chinês. O que Salomão achara tolo, para os chineses é um medíocre, o que não melhora em nada.
Tais pecadores tentam se lavar com água suja; digo, justificarem eventuais erros ancorados em presumidos erros alheios. Assim, os corruptos do PT caçam desesperadamente corruptos de outras siglas, como se, achando-os, lhes justificasse.
Não que sejamos perfeitos, mas, nos apedrejam de longe, desqualificando via textos, imputando-nos coisas que desconhecem, frutos de sua maldade, não, de fatos. Sentem “nojo” de quem ensina; se, tal, em algum aspecto os contrariar.
Paulo, o grande apóstolo passou por algo semelhante. Cara a cara o temiam, mas, de longe o acusavam. “Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação, e não para vossa destruição, não me envergonharei. Para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas. Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível. Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais, seremos também por obra, estando presentes. Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.” II Cor 10; 8 a 12
Então, quando a santidade é tanta que chega a sentir nojo de nossos pecados, é hora de conhecermos pessoalmente esses poços de virtude; entregar-lhes o púlpito e nos assentarmos para o devido banho de sabedoria e santidade.
Duros tempos vivemos; onde o respeito sumiu, e a calúnia parece se equiparar aos fatos. Longe de mim esteja a presunção de não ter erros; mas, igualmente distante fique a ideia de hipocrisia, falta de caráter.
Mas, Paulo, o mesmo que era valentão só por cartas vaticinou esses dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 1 a 5
Sim, embora se diga por aí que são todos iguais, para Deus existem diferenças, “os bons”, na verdade, pecadores que se arrependem, e os réprobos que seguem agarrados aos seus erros; esses merecem desprezo enquanto não se arrependerem. “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor;...” Sal 15; 4
Vemos que, o mesmo que despreza aos réprobos honra aos servos de Deus, não emparelha tudo como se fosse um balaio de gatos. Um servo de Deus não é dono da Verdade; mas, tem compromisso com ela, não com fingir hipocritamente visando agradar homens, como disse Pedro: “...Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4; 19 e 20
Vivemos a geração sem noção, que foi descrita nos provérbios. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30; 12
O triste disso tudo é que, quem ensina visando afastar do erro o faz por amor, mirando edificação e é tratado como arrogante, presunçoso, hipócrita.
Certas coisas, só notamos o real valor quando faltam, como viu a beleza da casa paterna, o pródigo, só depois que estava entre os porcos.
“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17; 15 Quem tem compromisso com a verdade não faz uma coisa, nem outra, antes, enxerga a diferença entre ambos.