Deus não está morto
“Deus ainda me ama”. Já fazia algum tempo em que repetia essa frase a mim mesmo, na tentativa desesperada de não deixa-la se apagar. Acordava, abria os olhos e dizia baixinho: Deus nnão está morto.E pra ser sincera, tudo que estava morto não estava lá fora, estava aqui dentro. Eu havia matado os meus princípios, desviei o olhar, perdi o foco e tudo na minha frente estava embaçado. E por mais que eu esfregasse os olhos a imagem não voltava a sua nitidez. Deus já estava no meio do caminho, e eu a milhares de quilômetros à frente. Eu olhava para trás e não conseguia vê-lo. O que estava morto não era Ele, mas sim tudo o que eu tinha construído a respeito dele, ou até mesmo a respeito de mim. Deus continuava vivo mesmo que pra mim Ele não estivesse. Ele continuava sendo onipresente quando eu não o sentia perto. Ele continuava sendo Deus apesar de não conseguir ouvi-lo. Ele novamente me alcançou. Não estendeu as mãos, não me carregou no colo. Ele apenas falou: Levanta! E eu obedeci.