A Nova Aliança Que Traz Vida.
No capítulo três da segunda carta de Paulo ao coríntios ele mostra aos da época e a nós a diferença entre lei mosaica e a nova aliança em Cristo Jesus. Mas desta feita estudaremos o versículo, (2Co 3:6) que diz: o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. É comum vermos alguns de nós usar este versículo como resposta durante uma conversa, geralmente quando o seu intelecto lhe falta em uma resposta, dizendo: a letra mata. Mas na verdade este versículos não diz isto aqui Paulo traça um paralelo entre a lei mosaica e a Nova Aliança como poderemos ver a seguir.
Quando Paulo se refere a letra ele está se referindo a Antiga Aliança, que estava baseada num documento escrito. Podemos ler a história de sua iniciação em (Êxodo 24:1-8). Moisés tomou o livro da aliança e o leu perante o povo, e este concordou. E porque então ele enunciou que a letra mata? No decorrer da história do povo de Deus os dez mandamentos haviam se transformado em dez mil. Tornando-se um fardo pesado colocado em cima dos ombros de um fiel, como veremos a seguir. (Mat 23:1-4).
1 – A antiga aliança baseada na lei se tornava mortífera porque produzia uma relação legalista entre o homem e Deus. Com efeito dizia: “Se você deseja manter sua relação com Deus, deve guardar estas leis, e se as transgredir, perderá sua relação.” Portanto estabelecia uma relação fria e uma situação em que Deus era essencialmente o juiz e o homem um delinquente que por mais que fizesse estava sempre em falta perante o estrado do juízo de Deus. E sendo assim matava nos seres humanos, certas características que os tornam completos.
- Matava a esperança. Ninguém cria que um ser humano comum pudesse cumprir em sua totalidade as exigências da lei. Porque devido à natureza humana, fazê-lo era e é impossível. Portanto a letra (lei) só podia produzir uma frustração desesperançada.
- Matava a vida. Porque ela apontava uma seta direta para morte, pois sob ela o ser humano não podia alcançar nada mais que a condenação. Estava destinado a isso por sua falta de cumprimento, e isto significava a morte. Sendo assim o ser humano sobrevivia e não tinha vida.
- Matava a liberdade. Porque impunha regras que eram impossíveis de serem seguidas. E aquele que buscavam segui-las estava só. Porque ela era perfeitamente capaz de dizer a um ser humano o que tinha que fazer, mas não podia ajudá-lo a fazê-lo.
2 – Por outro lado a nova aliança se baseia no poder do Espírito que outorga vida. Um documento escrito, um livro, um código sempre é algo externo; impõe-se ao ser humano que concorda com ele externamente, mas somente o Espírito pode mudar o próprio coração do ser humano. Uma pessoa pode obedecer um código escrito, quando em realidade está desejando todo o tempo desobedecê-lo; mas quando o Espírito entra em seu coração e o controla, não só não transgride o código, como também não deseja fazê-lo, porque ele o entende e o respeita. A lei escrita pode ser mudada por uma lei complementar ou uma nova lei, e isto um ser humano pode fazer; mas somente o Espírito pode mudar a natureza humana. E aqui se faz a diferença da Nova aliança em Cristo Jesus.
- A Nova Aliança está baseada no amor e sendo assim ela é vivida dentro de um íntimo relacionamento de amor entre os seres humanos e Deus que a propiciou.
- É uma relação que se dá entre o Pai e seus filhos. O ser humano já não é mais um criminoso negligente, que está sob o julgo da lei, mas sim é filho de Deus, e por mais que erre será tratado com o amor deu um Pai que está sempre pronto a perdoar o filho arrependido.
- Na Nova Aliança a vida do ser humano não é mais regida por um código de lei que traz consigo a negação, ou seja, o não faça. Mas dá a ele a liberdade de escolher fazer o melhor pelo entendimento. (Mat 7:12).
- Na Nova Aliança o ser humano é chamado para seguir o caminho do amor, e durante o trajeto jamais ele estará sozinho porque o Espírito Santo sempre estará com ele capacitando-o a entender o amor.
E o que aprendemos com isto? Aprendemos que jamais podemos tomar um versículo, e dele fazer uma filosofia de vida porque se assim o fizermos realmente a letra nos matará. E também que devemos toma cuidado para que na subida da escada que nos leva em direção a Cristo não nos apeguemos ao degrau, mas sim na meta. Para não corrermos o risco de nos aferrarmos ao bom enquanto que o melhor nos está aguardando, de não insistir, como o fizeram o povo da época, que se agarravam ao antigo fechando-se para o novo. Para que o apego ao antigo não nos impeça de ver ou viver as novas glórias que Deus abre perante nós.
(Molivars).