As vocações do Verdadeiro Cristão. (Parte 8-A vocação pela comunhão)
Continuaremos a estudar o capítulo cinco da carta de Tiago, desta feita estudaremos os seguintes versículos: Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. Tgo 5:16-18). Aqui vemos a vocação da comunhão. Em termos jurídico comunhão é: “o compartilhamento ou posse entre duas ou mais pessoas de uma só coisa.” Aqui Tiago nos exorta a compartilharmos um mesmo sentimento, o de praticar o amor em conjunto mesmo que haja diferença de pensamentos.
Mas para que a comunhão se faça presente e preciso que exercitemos a confiança, e quando assumimos as nossas faltas perante as pessoas e buscamos corrigi-las começamos a ter comunhão com estas. Isto não quer dizer que os cristãos devem entregar-se a confissões públicas indiscriminadas ou mesmo particulares. E certamente a passagem nada tem a ver com as confissões secretas feitas em seu quarto com Deus. Os crentes devem confessar suas faltas apenas para que possam orar uns pelos outros. A palavra usada para pecado aqui é: παραπτωμα paraptoma, que tem o seguinte significado: deslize ou desvio da verdade e justiça. É comum cometermos alguns deslizes quando estamos pregando ou ensinando a alguém, e o dever do cristão é corrigi-los diante do mesmo público que o ouviu. Também é comum errarmos querendo acertar, e aqui cabe voltar atrás pedir perdão recomeçar. E este interagir torna os laços fraternais mais fortes, fazendo com que pratiquemos a comunhão do sentir. Que nos levará a orarmos juntos e um pelos outros e agindo assim seremos curados da triste doença da desconfiança. E também devemos saber que a oração dirigida pela inteligência é sempre mais eficaz.
Em seguida Tiago afirma: Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. (Tgo 5:17). Ele aqui está reafirmando que a oração tem poder de acordo com a fé. Não importa quem seja ou a posição eclesiástica que possua quando orar com fé e se for da vontade de Deus a oração será atendida. A segunda parte deste versículos não encontramos escrito no Antigo Testamento. Os rabinos sempre estudavam a Escritura pondo-a sob o microscópio e estudando-a até em seus menores detalhes, e talvez está parte deve ter vindo deste estudo apurado. Mas não devemos nos ater a este detalhe, e sim na mensagem que nos ensina o real poder da oração em comunhão.
E ele continua a demonstrar a eficácia da oração: E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tgo 5:18). Em 1 Reis 18:42 lemos que Elias subiu ao Carmelo e encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos. E Deus atendeu a sua oração, mas o que nos ensina esta passagem? Nos ensina que sempre que a oração for por uma causa maior que nossa vontade Deus Pai sempre atenderá por mais impossível que pareça o pedido. E por este motivo a oração em comunhão é a maior arma de um Cristão. (continua).
(Molivars).