As vocações do Verdadeiro Cristão. (Parte 5)

Dando continuidade em nosso estudo do capítulo cinco da carta de Tiago, desta feita estudaremos a vocação para exatidão da palavra. Quando Tiago diz: Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, para não cairdes em juízo. (Tgo 5:12). No sermão do monte Jesus deixa claro que todo Cristão deve ter exatidão na palavra, e aqui Tiago reafirma este dever. Este era um ensino que se fazia muito necessário nos dias da Igreja primitiva. E ainda hoje este ensino se mostra atual, não porque juramos em nome de Deus e não cumprimos, mas sim porque falamos e não cumprimos. É comum dizermos que vamos fazer algo por alguém e no segundo passo da caminhada esquecemos a palavra dada. Aqui Tiago não está pensando no juramento no sentido da blasfêmia. Ele está se referindo a prestar juramento, a confirmar uma declaração, uma promessa ou um compromisso mediante um juramento. Segundo os historiadores no mundo antigo havia duas praticas que carregavam consigo algo de ruim e danoso.

Segundo os historiadores no mundo judeu havia uma distinção entre um juramento que era obrigatório o seu cumprimento e o que era apenas uma maneira de falar, ou seja, que desobrigava o ajuramentado de cumprir o juramento prestado. No primeiro se usava o nome de Deus então o ajuramentado se via obrigado a cumprir o juramento. Já quando não se usava o nome de Deus ele se via na desobrigação de cumpri-lo. Tornando-se assim um hipócrita tanto é que palavra usada para juízo aqui é: υποκρισις hupokrisis; que tem o significado de: ato de responder, dissimulação, hipocrisia. Ou seja , o ato de responder ou afirmar algo com hipocrisia, falsamente. Tornado assim a palavra algo não confiável e inútil. E devemos lembra que o Deus que servimos é a própria confiança, e aquele que se alimenta da confiança tem que dar frutos confiáveis, caso ao contrário seguirá a mesma sina da figueira que secou.(Mat 21:18-22).

Jesus no sermão do monte no orienta a ter exatidão em nossa palavra:Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno. (Mat 5:37). Aqui Ele eleva o que foi dito em, (Lev19:12; Num 30:1-2). Que deveria ser uma prática perante o altar para o viver cotidiano de todos nós. E Tiago reafirma que está prática deve fazer parte da vida cotidiana de um verdadeiro Cristão. O verdadeiro Cristão não deve jurar por Deus, porque Ele não é avalista de nossas atitudes. A palavra de um Cristão dever ser exata para que seja cumprida. Ou seja se dissermos que vamos orar por alguém oremos, se dissermos que vamos dar um palito dental para alguém cumpramos com o prometido, e quando dissermos amém para palavra dita no altar é porque estamos concordando com o que foi dito e temos o dever de cumpri-la. E por este motivo devemos cuidar do que falamos ou com os améns. É comum muitos de nós pensar que só devemos cumprir aquilo que é dito quando dizemos: “eu prometo que vou fazer”; e quando só dizemos: “eu vou fazer”, estamos desobrigados a fazer. E aqui se faz a semelhança com o povo da época da igreja primitiva, a única diferença é que eles juravam e nós prometemos, más no fundo a hipocrisia é a mesma.

É bom que lembremos que cada palavra dita é uma promessa, do ponto de vista Cristão e na era da Nova Aliança em Cristo Jesus cada palavra pronunciada é feita na presença de Deus e, portanto, toda palavra também tem que ser veraz, e deverá ser cumprida com a vocação da exatidão. Todo Cristão enquanto cópia de Cristo Jesus deve ser conhecido como uma pessoa tão veraz que se faça totalmente desnecessário jamais exigir dele um juramento. E entender que devemos deixar de lado uma atitude politicamente correta para ter um agir humanamente correto. Pois é melhor um não que entristece por um momento e num futuro próximo traz vida, do que um sim que alimenta uma falsa esperança e leva a morte. (Continua)

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 11/02/2015
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