As vocações do Verdadeiro Cristão. (Parte 3)
Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas. (Tgo 5:7-9). Dando continuidade ao estudo do capítulo cinco da carta de Tiago nos deparamos com a vocação cristã de ser vigilante de si mesmos. Nos versículos acima vemos que a Igreja primitiva vivia esperando a imediata Segunda Vinda de Jesus Cristo. Assim, pois, Tiago exorta aos seus a que esperem com paciência os poucos anos que ainda restam. Ele usa como exemplo o agricultor que espera pacientemente a colheita que virá após o plantio. E neste esperar paciente o agricultor prepara-se para colheita, reformando o paiol e afiando as ferramentas. E mesmo que o tempo se faça difícil ele espera confiante que a colheita será farta. E durante a espera o bom agricultor sabe dividir o que tem com próximo sem se quer perguntar, o porque a alimento de outrem acabou. Assim dever agir o Cristão estar sempre disposto a servir o outrem sem se importar com o porque.
No versículo a seguir vemos Tiago mencionar sobre a proximidade da volta de Cristo: Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. (Tgo 5:8). A palavra aqui usada é: παρουσια parousia, que tem o seguinte significado: presença, vinda, chegada, advento; e no novo testamento esta palavra carrega consigo um significado especial: “a volta futura e visível de Jesus do céu, a ressurreição dos mortos, o julgamento final, e o estabelecimento formal e glorioso do reino de Deus”. Mas o tempo da Igreja primitiva se foi e Jesus não voltou, então podemos até pensar que eles estavam enganados, mas isto não é verdade. Porque realmente a volta de Jesus Cristo está realmente próxima. Soa leviano afirmar que a volta de Jesus será hoje ou amanhã, porque a vinda dEle não foi revelada nem a Ele mesmo, somente o Pai sabe quando será. (Mateus 24 36; Marcos 13:32). E por este motivo devemos ficar vigilantes, pois da mesma maneira que não sabemos quando será a volta de Cristo, também não sabemos quanto tempo de vida nos resta.(Luc 12:13-21).
E ainda a única coisa que o Novo Testamento diz a respeito da Segunda Vinda é que esta será tão repentina como o relâmpago e tão inesperada como um ladrão noturno (Mateus 24:27,37, 39; 1 Tessalonicenses 5:2; 2 Pedro 3:10). Não é algo para o qual alguém possa preparar-se quando já chegou; deve estar preparado antes da sua vinda. Portanto, não devemos perder tempo tentando buscar nos eventos se a vinda será hoje ou amanhã, devemos seguir prontos buscando incessantemente o praticar do amor. Porque o tempo de Deus não caminha como o do ser humano para Ele mil anos são como uma das vigílias da noite (2 Pedro 3:8). E mais, ainda que transcorram muitos anos, Deus não mudou nem abandonou o seu propósito. E Ele espera de nós o que esperou do povo escolhido, Ele espera que sejamos exemplos de amor e verdade aqui na terra, para que no tempo certo sejamos exemplo de amor e verdade na eternidade.
João em sua primeira carta nos orienta a permanecermos em Cristo: Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.(1Jo 2:28). Quando unimos o pensamento de Tiago: Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas. (Tgo 5:9), ao de João vemos o quão importante era a comunhão para eles. Ele tinham ainda viva a imagem de Jesus abençoando o pão nas refeições diárias como exemplo de respeito e comunhão. A comunhão o respeito e o zelo pelo próximo era para igreja primitiva sua pedra fundamental. E este deve ser o objetivo da Igreja nos dias de hoje. Todo Cristão deve levar a mesa da comunhão para onde for, seja na mesa da refeição caseira, no lanche na praia ou nas horas de lazer, devemos observar o maior mandamento de Cristo, agindo assim somos partes integrantes do corpo de Cristo. O erro de muitos de nós é pensar que só devemos pedir perdão ou reconciliar-se com o próximo no dia da ceia do Senhor. Mas isto é um ledo engano, pois não sabemos quanto tempo de vida temos, e se morrermos com o coração magoado, nutrindo ódio, em discórdia, ou nutrindo um desejo de vingança nos tornamos culpados pelo sangue de Cristo. E como acusadores também seremos réu de juízo. E ai sim, podemos ter a certeza que ficaremos fora do reino. E por este motivo devemos sempre estar vigilantes ao que sentimos, expulsando de nossa alma todas as emoções que de alguma forma nos torna solidários ao anticristo. (Continua).
(Molivars).