As Vocações do Verdadeiro Cristão (Parte 1)
Aqui iniciaremos uma série de estudos do capítulo cinco da carta de Tiago, e o que será comentado neste início pode até parecer algo fora comum e até pode parecer que estamos indo na contramão do que é ensinado e pregados em muitos lugares. Aqui Tiago tem em mente dois propósitos: O primeiro, é o de demonstrar a inutilidade todas as riquezas terrestres, quando esta, está firmada no espírito da avareza.. E, em segundo lugar, o de demonstrar o caráter detestável daqueles que possuem riquezas, somente para satisfazer seus caprichos e desejos. Com isto ele quer advertir a seus leitores e a nós que, tudo que venhamos a ter é para ser desfrutado com sabedoria e com a firme intenção de sermos benção ao próximo. E também para que não ponhemos nossas esperanças e desejos nas coisas materiais. Mas sim nas coisas do reino de Deus.
Devemos atentar que ele ao dizer: Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. (Tgo 5:1). Não está condenando aqueles que possuem bens ou são afortunados. Mas ele condena o amor ao dinheiro o amor ao bens materiais. Pois é o amor ao dinheiro o que conduz ao mau e no amor ao dinheiro a origem da opressão, porque a avareza leva o ser humano buscar sempre mais, Paulo afiram isso quando diz: Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. (1Tm 6:10). Essa é uma advertência a todos nós Cristãos, hoje vemos que a teologia da prosperidade caminha a todo vapor, e muitos de nós pensamos que só estamos bem com Deus se estivermos, com os cofres cheios. Chegando ao ponto de se pensar que só podemos ser felizes se tivermos muito dinheiro e toda sorte de bens materiais, e sem perceber começamos a agir de maneira que não coaduna com os ensinamentos de Jesus Cristo, porque Ele disse: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (Mat 6:19-21). É bom que saibamos que não ensinou que ser pobre é melhor do ser rico. Mas sim Ele condena aquele que coloca todas suas forças no dinheiro. Pois existem muitos ricos em dinheiro e em bens materiais que são pobres em sabedoria e em amor. E se a energia e as forças de alguém estão direcionadas a algo que o tempo consome este também será consumido junto com aquilo que ama, pois quem ama o perecível perece junto com ele mas quem ama o eterno viverá eternamente com Ele.
E logo em seguida Tiago diz: As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias. (Tgo 5:3). Aqui ele deixa claro a decadência de tudo neste mundo as coisas deste mundo pertencem ao tempo e findarão junto com o tempo. É interessante que ele diga que a ferrugem ira corroer o ouro e a prata, mas sabemos que ouro e prata não sofrem a corrosão pela ferrugem. E isto nos leva a pensar em que realmente ele está pensando? E ao meditarmos sobre isto vemos que Tiago, na mais vívida forma, está fazendo a advertência de que até os objetos mais preciosos que tem a aparência indestrutível estão condenados à decadência e à dissolução. Mais ainda: é um aterrador chamado de atenção. O desejo de possuir essas coisas é como um sinistro mofo, um horrível câncer que vai carcomendo os corpos e as almas dos seres humanos. E como se ele dissesse de que te valerá o valioso tesouro que amontoas para si mesmo, e por que te entregas a estas coisas. Se o tempo e o fogo consumidor arrasará por completo a ti e ao seu valioso tesouro. E aqui Ele nos deixa uma lição; de que o maior tesouro que um ser humano pode acumular é o praticar do amor. Pois quem pratica o amor guarda o maior mandamento de Cristo Jesus. E ao fazê-lo faz a vontade do Pai, e quem faz a vontade do Pai, pertence a Cristo e quem pertence Cristo tem a promessa da vida eterna e vida eterna com Deus. Cabe a cada um de nós escolher vida eterna com Deus Pai na felicidade do amor de Cristo Jesus ou vida na efemeridade da busca avarenta e ambiciosa da riqueza. Que o levará para o fim no dia do juízo. Que o amor de Cristo seja o arbitro de nossos corações. (Continua).
(Molivars).