Os Setes tons De Jesus Em Mateus Onze. (Parte 4).

Os Setes tons De Jesus Em Mateus Onze.

(Parte 4).

Continuando o nosso estudo do capítulo onze do Evangelho segundo Mateus, estudaremos a entonação da constatação da tendenciosidade. Aqui Jesus diz: Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: (Mat 11:16). Ele usa uma cena que era comum nas ruas daquela época. Onde um grupo de crianças impertinentes não sabe do que vão brincar, Um grupo diz ao outro: Vamos brincar de celebrar e de festejar um casamento? O outro grupo responde: Não, hoje não queremos brincar de festejar. Então o primeiro grupo volta a idear: Então brinquemos de celebrar o funeral de alguém. E o segundo grupo responde: também não queremos brincar de chorar. Ou seja, sempre estavam protos a refutar a solicitação alheia, porque queriam desfrutar da preguiçosa hora sob a sombra.

Assim se dava com o povo de Deus naquela época, criticavam a João por ter uma vida ascética. Por ter desprezado o luxo, por isolar-se e separar-se da companhia das outras pessoas. Diziam dele: “Este homem está louco, separando-se assim da companhia e dos prazeres humanos.” Quanto a Jesus que se misturava com todo tipo de pessoas, compartilhava suas tristezas e alegrias, acompanhava-os durante seus momentos mais gratos, e diziam dele: “É um frívolo, só vai às festas, é amigo de estranhos com quem nenhuma pessoa decente se relacionaria.” Ou seja, criticavam o ascetismo de João e faziam o mesmo com a sociabilidade de Jesus. E não faziam isso porque eram pessoa que se preocupavam com o bem-estar alheio, mas o faziam para esconder suas atitudes hipócrita e de uma santidade legalista e desumana.

A verdade anunciada por João, eu o agir gracioso e misericordioso de Jesus, colocava em xeque a atitude de uma nação que deveria ser exemplo de amor e respeito; de uma nação que Deus criou para se luz do mundo. E que agora vivia ofuscada pelas trevas da ilusão dos brinquedos que a vida apresenta. É certo que quando uma pessoa não quer ouvir a verdade, encontrará com muita facilidade alguma desculpa para não ouvi-la. Sem nem se quer se preocupar em ser coerente em sua crítica. É capaz de Criticar à mesma pessoa e à mesma instituição com ponto de vista e por razão oposta entre si. Se a pessoa está decidida a não dar nenhuma resposta, permanecerá em uma posição teimosamente obstinada a qualquer que seja o convite que lhe façam. Os homens e mulheres adultos podem ser muito parecidos com os meninos malcriados que por comodidade ou preguiça se negam a brincar, em qualquer brincadeira que lhes seja proposta.

Mas jesus finda está entonação quando Ele diz: Mas a sabedoria é justificada por suas obras. (Mat 11:19 b). O veredicto final não está em mãos dos críticos briguentos e perversos, e sim nos fatos. Os judeus podiam criticar a João por seu isolamento total, mas João tinha comovido os corações dos homens, direcionando-os a Deus de uma forma que há muitos séculos não se via. Podiam criticar a Jesus porque se mesclava muito na vida cotidiana de gente comum, mas nEle as pessoas estavam encontrando uma vida nova, uma nova bondade e uma nova força para viver, e o que realmente deviam fazer para aproximar-se de Deus. A diferença do modo de ver Jesus para alguns de nós com aqueles daquela época é a seguinte: Jesus para eles que tinha uma visão legalista era santo de menos; e para nós que convivemos com uma visão moral deturpada Ele é santo demais.

Isto é deveras triste porque continuamos vivendo como crianças preguiçosas que por birra, disfarce ou comodidade criticamos um ao outro em vez de unirmos forças em prol de um mundo melhor. O crente critica o católico, o cristão critica o espírita; Judeus criticam os muçulmanos e muçulmanos criticam os judeus, assim se segue o mundo num idealismo religioso que mais mata do que gera vida. Vivemos brigando por um espaço egocêntrico na terra, e sem percebermos estamos perdendo a vida na eternidade. Porque o reino dos céus não é para bonzinhos, mas sim para aqueles que são capazes de praticar o amor. Porque todo os livros que constituem um manual de qualquer das religiões têm como base o amor. Somente o amor ativo pode transformar o interior do ser humano e cada ser humano transformado é um pedaço do universo que se transforma para melhor. É bom que meditemos sobre isso; pois é chegada hora de deixarmos de ser crianças birrentas e pormos de lado nossos, eitos, preceitos e preconceitos para formarmos um mundo melhor para aqueles que virão.

(Continua).

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 28/01/2015
Código do texto: T5116934
Classificação de conteúdo: seguro