O Poder Transformador do Evangelho. (Parte 1).

Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre. (2Tm 1:8-11) Nestes versículos o apóstolo Paulo nos mostra o poder transformador do Evangelho de no nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos ensina que o árduo trabalho da limpeza transformadora de nossa alma vale o preço a ser pago. Ele nos mostra que a salvação é graciosa, mas, também nos ensina que o dever de se manter limpo é nosso. Dividiremos este estudo em três partes. Pois ele tem oito pontos para que estudemos com intuito de entendermos mais e melhor a palavra de Deus. Nesta feita estudaremos três destes pontos.

1 – O Evangelho de Jesus Cristo é o evangelho do poder. Qualquer sofrimento que envolva o evangelho deve ser suportado no poder de Deus. Para o mundo antigo o evangelho era o poder que permitia viver. No contexto em que Paulo escreveu esta carta era uma época que a prática do suicídio predominava entre as pessoas. Os pensadores desta época eram os estoicos, e eles tinham princípios filosóficos elevados; e buscando estes princípios se viam frustrados por não atingi-los e as frustrações tornavam a vida intolerável. E então eles faziam o uso de um ditado que era comum entre eles: “Deus deu a vida aos homens, mas também lhes deu o livre arbítrio e dom de poder tirar vida”. Mas o evangelho de Jesus Cristo nos ensina algo diferente; Ele nos ensina que devemos valorizar a vida por mais difícil, e por mais imperfeita que ela possa nos parecer. O evangelho nos ensina a maneira e onde reside o poder de conquistar o eu, de dominar as circunstâncias, de poder continuar vivendo quando o viver parece ser impossível. A beleza de ser Cristão é que encontramos vida até mesmo diante da morte, porque a vida de um Cristão não acaba na tumba, ela continua na eternidade em Cristo Jesus.

2 – O evangelho de Jesus Cristo é o evangelho da salvação. O nosso Deus é o Pai que nos salva. O evangelho é resgate. Resgata-nos do lodo escravagista do pecado. Liberta o homem daquelas coisas que o têm em seu poder; ele nos dá o poder de romper com os hábitos inquebrantáveis; de conquistar os pecados que se entreteceram na própria fibra da nossa vida. Ele nos ensina a limpar a nossa alma para que possamos ser guiados pela vontade e pelo sentir do espírito. Fazendo-nos caminhar de acordo o real sentir e não pelos altos e baixos das emoções que advém da alma. O evangelho é essencialmente o poder que resgata e que pode tornar bons aos maus, ele não nos proíbe de sentir, mas nos ensina a sentir mais e melhor.

3 – O evangelho de Jesus Cristo é o chamado à consagração. Não é simplesmente um resgate das consequências e penalidades dos pecados passados. É um chamado a partir pelo caminho da santidade. O poder transformador do evangelho está mais além de todo argumento. Seus ensinamentos quando seguidos transforma a má índole e boa; transforma o ódio vingador em amor perdoador; as reações impensadas e atos de sabedoria e nos leva a praticar a real justiça. Nos afastando da destruidora vingança. E aqui entendemos porque que o praticar de um cristianismo ritualístico por várias vezes resulta em perda de almas e em pessoas desviadas. E isso se dá porque somente rituais religiosos, não pode jamais mudar o interior das pessoas. A real mudança só advém quando entendemos quem somos e em que precisamos mudar. E o Evangelho sendo o manual de vida do ser humano, quando estudado leva o ser a humano a se conhecer realmente, e ao se conhecer entende onde deve mudar, e mudando se aproxima mais e mais de Deus abrindo seu coração para o poder salvador. Tornando-se um ser convertido no amor e para o amor, e então segue este, mudado e mudando em um constante aperfeiçoamento no praticar do amor, em seus negócios, na igreja, em seus prazeres, em seu lar, em seu temperamento, em sua personalidade. E aqui se revela a diferença entre ser religioso e ser Cristão, porque só podemos ser chamados de Cristão se buscamos ser cópias de Cristo. E como cópias de Cristo devemo atender o chamado para o amor e obedientemente devemos seguir praticando a santidade do amor.

Continua:

(Molivars).