O Momento da Decisão. (Batismo De Jesus).
Já festejamos o natal e se aproxima o início de um novo ano, para alguns é somente uma data, para outros é época de renovo e novos projetos e de revisão de antigos projetos e sonhos, ou seja, é momento de decisão. E, é isto que vemos aqui nesta passagem que se apresenta um pouco difícil de entender. Porque o batismo de João era um batismo de arrependimento. Estava dirigido a quem lamentava seus pecados e queriam expressar sua determinação de deixá-los para atrás definitivamente. O que poderia tal batismo ter algo a ver com Jesus? Não era Ele imaculado, parecendo que o batismo de João Batista era para Ele desnecessário e inadequado? Mas quando estudamos esta passagem vemos que Para Jesus o batismo significou três coisas:
1 – Para Ele foi o momento da decisão. Segundo os historiadores durante trinta anos Ele ficou em Nazaré. Tinha completado o seu trabalho, tinha atendido às necessidades de seu lar com fidelidade. Durante muito tempo deve ter sido consciente de que tinha que lhe chegar o momento de sair de casa e iniciar o seu caminho em direção da cruz. Faltava-lhe apenas um sinal, e este veio com a aparição de João Batista. Viu que esse era o momento em que de se lançar em direção de sua sagrada missão. E aqui aprendemos algo deveras interessante; Em toda vida há momentos de decisão, no qual devemos decidir em dar um passo adiante ou ficar parado; no qual devemos assumir algo ou rejeitá-lo de vez. Mas o ato de decisão tem sempre uma consequência ficar parado aprendemos que a inércia não gera vida, se nos pormos em movimento aprendemos que para cada ação há uma reação. Mas o certo é que para todo ser humano chegará um momento decisivo que não voltará a repetir-se. Então devemos entender que decidamos o que decidir devemo seguir em frente e deixar para trás as tristezas e os medos, porque a vida na inércia traz consigo a frustrações. Por este motivo devemos sempre renovar as nossas metas e seguir firmes em direção de nossos objetivos. Pois a vida seom objetivos é vida desperdiçada, é vida frustrada, que se torna uma vida cheia de descontamento, e muito frequentemente caminha para trágica destruição assim é a vida carente de decisão. Uma vida sem rumo fixo nunca pode ser uma vida feliz. E, é isto que Jesus nos ensinou quando tomou a decisão de atender o sinal de João. Largou a comodidade de Nazaré que era uma cidade pacifica, e seu doce lar. Para lançar-se em uma missão que terminava em cruz. Mas com a nobreza que só o amor pode trazer ele respondeu ao chamado e ao desafio de Deus.
2 – Foi para Ele o momento da aprovação. Jesus não abandonou o seu lar e se lançou a percorrer caminhos ignotos Ele vai em busca da aprovação. Ele vai em direção da vontade que Deus Pai tem para sua vida. Desde pequeno Ele havia sido orientado qual seria o curso de sua vida, Ele agora procurava o selo de aprovação divino. E após o ato de obediência vem a voz de Deus de maneira direta a Jesus. A voz de Deus chegou a Jesus de maneira direta. Tal como assinala Marcos, esta foi uma experiência pessoal de Jesus, e não uma proclamação pública que tivesse podido servir como prova à multidão. Marcos ao contrário de mateus que diz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mat 3:17). Marcos narra da seguinte maneira: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. (Mar 1:11). Mostrando que o Pai se dirigiu ao filho diretamente, ou seja, a Jesus. No batismo Jesus submeteu a Deus sua decisão e essa decisão foi selada com a aprovação divina. Aqui Jesus nos ensina que tudo que devamos fazer primeiro peçamos a aprovação de Deus. Pois um ministério só pode ter bom êxito se estiver de acordo com a vontade de Deus.
3 – Foi para Jesus o momento de sua capacitação. No momento do Batismo descendeu sobre Ele O Espírito Santo. Aqui temos um certo simbolismo. O Espírito descendeu como tivesse descendido uma pomba. O símbolo não foi escolhido por acaso. A pomba é símbolo da mansidão e a suavidade. Aqui vemos o início do ministério da graça a qual todos nós pertencemos. Alguns de nós se auto intitulam de profetas e que a revelação de algo errado tem que se fazer justiça (punição). Mas o que vemos aqui é uma linha divisória; Tanto Mateus como Lucas nos falam da pregação de João (Mat. 3:7-12; Luc. 3:7-13). A mensagem do João era a mensagem do machado que está posto à raiz da árvore, que insta a iniciar seu corte, era a mensagem da separação entre o grão e a palha, a mensagem do fogo consumidor. Era uma mensagem de condenação e não uma boa nova. Mas aqui vemos que desde o começo o ministério de Jesus remete a imagem da pomba que é uma imagem de mansidão e suavidade. Onde se conquista não pela força ou pelo poder, mas sempre se conquistará com o amor. Ministério onde não se corrige com relho, mas com a ativa misericórdia; onde o perdão é o real motivador, e não a frieza da legalidade da lei; onde a graça é graciosa a tudo e a todos. Porque o amor carrega consigo uma grande verdade: “Não se pode conquistar o amor, mas se é conquistado pelo amor”.
(Molivars).