A ESPERANÇA DO CRISTÃO

"POIS, QUANDO DEUS FEZ A PROMESSA A ABRAÃO, VISTO QUE NÃO TINHA NINGUÉM SUPERIOR POR QUEM JURAR, JUROU POR SI MESMO, DIZENDO: CERTAMENTE, TE ABENÇOAREI E TE MULTIPLICAREI."

(Hebreus, 6:13)

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O que o autor sagrado está preocupado em demonstrar é a solenidade das promessas de DEUS, Seu caráter imutável, e, portanto, a absoluta certeza da Sua Palavra. Esta é realmente uma explicação da base da plena certeza da esperança do cristão. A promessa a Abraão foi confirmada por um juramento. Muitas vezes a promessa foi feita sem haver menção do juramento, mas a referência em Gênesis 22:16, faz a declaração específica:

"JUROU POR MIM MESMO".

Esta é claramente a base da presente declaração: Jurou por si mesmo. O Escritor elabora o tema: "...VISTO QUE NÃO TINHA NINGUÉM SUPERIOR POR QUEM JURAR", que é o equivalente dizer que Sua própria palavra bastava.

A idéia dessas palavras, "NINGUÉM SUPERIOR POR QUEM JURAR...", é que quando alguém faz uma promessa importante, que envolve a doação de algum vasto tesouro, deve ter algo ou alguém que lhe de cobertura, como uma espécie de garantia.No campo terreno, muitas promessas nos acompanham na existência. Trabalhamos a fim de obter certa quantia em dinheiro, por exemplo. Alguém - um indivíduo ou uma companhia - "promete-nos que receberemos a justa recompensa pelo nosso trabalho. Aqueles que põem suas casas ou automóveis em um seguro confiam que pessoas desconhecidas, por detrás da apólice, que promete cobrir possíveis prejuízos, ajudarão se algum acidente vier a ocorrer. Um estudante, que se esforça por obter um diploma, confia sempre nas autoridades escolares, esperando que, se cumprir às exigências do curso, receberá seu diploma oficial. Em muitas dessas instituições, as pricipais autoridades precisam de um juramento de investimento em seu ofício. Um juíz também faz tal juramento; outro tanto sucede a um médico e a um ministro. Há "votos" feitos que precisam cumprir. Por meio de suas leis, o próprio estado faz certos votos para com os seus cidadãos. Muito daquilo que fazemos se baseia na boa fé na validade das promessas e votos de outras pessoas.No que concerne à nossa herança celestial, dá-se o mesmo. Mas aqui, é o próprio DEUS quem prometeu; e essa promessa è apoiada e confirmada por um voto. Esse juramento DEUS fez "POR SI MESMO"; de conformidade com sua própria pessoa e fidelidade, porquanto não havia ninguém maior para que DEUS pudesse apelar.A promessa e o voto, visto que são dessa natureza, não podem ser postos em dúvida pelos homens, quanto à sua validade; e é ridículo pensarmos que a coisa esperada, que repousa sobre tais promessas, é algo remoto e inatingível.O autor sagrado menciona todas essas coisas a fim de mostrar que a herança esperada está à nossa disposição, embora não sem o acompanhamento da fé e da perseverança. Abraão foi um peregrino nesta vida terrena. Nessa qualidade, não tinha lar fixo. Mas teve fé na existência e na disponibilidade do lar celeste. Arriscou sua vida inteira nessa realidade celeste; pôs todos os seus ovos em um só cesto. Aqueles que estiverem dispostos a seguir seu exemplo, podem obter a mesma herança que ele. De algum modo foi dado a entender a Abraão que o cumprimento da promessa estava integralmente envolvido na própria vida de DEUS. Pois DEUS sempre vive a fim de cumprir suas promessas; suas intenções nunca se modificarão; seu poder será sempre suficiente para proporcionar aquilo que ele tiver dito; NEle não há esquivas e nem ludíbrios; podemos confiar NEle.

A promessa é certa assim como a contínua vida e fidelidade do próprio DEUS. É segura porque o próprio DEUS cumprirá. Uma escola poderá iniciar-se e um terremoto poderá destruir a junta educativa, e assim talvez um estudante não receba o seu diploma, embora tenha estudado diligentemente; uma companhia de seguros poderá ter de pagar muitas apólices, e assim entrar em bancarrota, não podendo saldar todas as suas dívidas; um homem que pediu dinheiro emprestado poderá entrar em dificuldades que lhe impossibilitem pagar sua nota promissória. Ma nada semelhante pode acontecer com DEUS. O poder que trouxe tudo à existência, ao que chamamos de criação, é o mesmo poder que produz e traz à fruição a crianção espiritual.

Nossa esperança está firmada sobre o maior poder que existe; nossa fidelidade e constância deveriam corresponder a isso de tal modo que o desvio e a indiferença se nos tornassem impossíveis. (Gên. 22: 16-18).

O autor sagrado não salienta aqui(conforme Paulo o faz em Rm. 4:13) que, do ponto de vista humano, as promessas de DEUS a Abraão não podiam ter cumprimento, pelo menos quando aplicadas a seu lado terreno, porque tanto Abraão como Sara já tinham passado da idade da fertilidade. Contudo, Abraão creu, e DEUS realizou o milagre necessário.

"PELA FÉ, TAMBÉM, A PRÓPRIA SARA RECEBEU PODER PARA SER MÃE, NÃO OBSTANTE O AVANÇADO DE SUA IDADE, POIS TEVE POR FIEL AQUELE QUE LHE HAVIA FEITO A PROMESSA". (Heb. 11:11).

Tudo isso está envolvido no fato que somos filhos do Pai celeste, participantes de sua natureza, de suas perfeições e de seus atributos, do mesmo modo que o Filho compartilha dessas qualidades - e disso consite a salvação. Essa é a grande esperança de que nos fala o presente texto.

FONTES

Bíblia Sagrada

Livro-NT Interpretado.

Wilson de Oliveira Carvalho

"Aqueles que não aprendem com o passado vivem presos a ele"

(The Grea test Psychologist Who Lived: Jesus and the isdom of the soul)

Mark W. Baker

Wil
Enviado por Wil em 29/05/2007
Código do texto: T505970