Um Interior Como Habitáculo do Amor
Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa. (Mat 12:43-45). Aqui entendemos que ser Cristão está em ir muito além do não praticar o mal, mas sim em buscar sempre o praticar do bem. Jesus nos ensina que o proibir nos leva até um certo ponto do caminho, mas jamais pode nos levar até a linha da chegada. E que cada sentimento ruim que é expulso de dentro de nós deve ser substituído por uma virtude Cristã. A fim de que a vacância não volte a ser ocupada pelo que foi expulso e por tantos outros.
Nesta pequena e compacta parábola a respeito da casa invadida encontramos vários ensinamentos práticos a respeito disto, mas nós nos ocuparemos apenas de dois deles:
Devemos notar que o espírito imundo é expulso de uma pessoa, não destruído. Então entendemos que o mal não eliminado, mas sim expulso, e uma fera que é expulsa de um determinado lugar ficará rondando a espera de uma oportunidade para voltar. Isso quer dizer que até podemos vencer um vício, uma mania ou até mesmo um defeito psicológico com técnicas, mas isso se faz momentaneamente. E se não ocuparmos o espaço deixado logo ociosidade será ocupada por ele novamente e agravado com outros piores. E, é por isso que devemos ocupar cada espaço deixado de nossa casa interior com virtudes Cristã.
Isto também nos ensina que um cristianismos que é baseado na proibição e no terrorismo espiritual em si mesmo é ineficaz e não coaduna com os ensinamentos de Cristo. Ser Cristão vai muito além do não matarás, do não roubarás, não adulterarás ou de não se ter ódio de outrem. Ser Cristão está e ir muito além do dizimar e do ofertar do simples bem material. Porque isto os escribas e os fariseus o faziam muito melhor que muitos de nós ditos cristãos. Mas Jesus os chamou de sepulcros caiados; ou seja, pessoas de atitudes santificadas e de aparências limpa, mas de almas cheias de sentimentos ruins e de corações vazios incapazes de amar. E eles seguiam os dez mandamentos vezes mil, mas o grande erro e que o faziam no sentido da proibição, e a negatividade não os levavam a lugar algum. Sendo assim entendemos que a negatividade nunca é suficiente. O verdadeiro Cristão não teme o inferno nem tão pouco o juízo, porque sempre prima pelo amor. Uma religião que consiste em Não farás… está condenada ao fracasso. O problema com uma religião desse tipo é que pode limpar a um homem, mediante proibições sobre todos os maus hábitos e atitudes, mas não pode mantê-lo limpo. Somente o buscar incessantemente do praticar do amor, manterá a casa sempre cheia de luz impedindo que ela seja invadida novamente.
E com isso concluímos que só existe uma real cura para o mal e ala está na necessidade de praticar o amor, pois aquele que pensa que não é preciso amar e tão fariseu quantos aqueles da época de Jesus. E que somente o atuar o do Espírito Santo em nosso interior pode manter-nos livres da invasão de qualquer mal, capacitando-nos a servir em amor e verdade.
(Molivars).