Deus é Amor, e no Amor Ha vida em Abundância.

Quando João afirma: Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (1Jo 4:8). Ele responde algumas das questões que regem a vida e a própria criação. E aqui neste estudo atentaremos para cinco destas questões:

Ele nos dá a resposta do porque da criação. Às vezes nos vemos tentados a nos perguntar; por que Deus criou o mundo? Se tudo aqui caminha pela contramão e fora de seus desígnios. A desobediência, a rebeldia, o ódio e o desamor permeia toda a criação. E Ele sendo onisciente e onipresente sabia de tal fato mesmo antes de acontecer. Por que então quis Ele criar um mundo que lhe é tão contrário? E, é aqui que a afirmação de João se faz clara, e a resposta é que Deus criou este mundo porque a criação é essencial à própria natureza de Deus. Sendo Deus o amor, Ele não pode existir em triste solidão. O amor, para ser amor, deve ter alguém a quem amar, e alguém que o ame. O ato criador de Deus foi uma exigência de sua própria natureza, pois sendo amor, era-lhe necessário ter alguém a quem pudesse amar, e que por sua vez, por uma escolha livre pudesse amá-lo.

E a escolha nos dá a explicação para o livre-arbítrio. Se o amar não partir de uma resposta em liberdade, não é amor. Pois o amor só encontra o seu real valor na espontaneidade. Se partíssemos do princípio de uma obrigatoriedade do amar chegaríamos a uma conclusão de que Deus tinha feito um mundo de autômatos, sem decisão própria e sem capacidade de raciocínio, mas o que vemos é que Ele nos dotou de sua imagem e semelhança. É bem certo que Ele também criou as leis que regem o universo, mas também é certo que ele nos dotou da capacidade de vencer estas leis. E Ele fez tudo isso para que houvesse a real possibilidade de relacionamento pessoal e interpessoal entre criador e criatura. O amor é por necessidade uma escolha livre e uma resposta igualmente livre, do coração; e, portanto, antes que os homens possam amar a Deus em qualquer sentido da palavra, suas decisões devem ser livres. Por isso mesmo Deus, num ato deliberado, dotou os seres humanos com o livre-arbítrio, para que o livre amar fluísse livremente. Deixando-nos a seguinte lição: o verdadeiro amor vem do sentir espontâneo e não da conquista obrigatória.

E quando entendemos o que é amar consequentemente entendemos o porque da providência. Se Deus fosse um criador que tivesse o único objetivo de ser amado e não o fosse, poderia deixar simplesmente o ser humano sob a guarda da ordem e da lei, que rege o universo abandonando-o à sua própria sorte. Agindo assim como nós fazemos quando utilizamos uma máquina, a todo ritmo, sem lhe prestar maior atenção, e atentando somente para o seu mal funcionamento. Mas, porque Deus é amor, seu ato criador é seguido por seu permanente cuidado. Entendemo isso ao ver o que Jesus diz: Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (Joã 5:17). Sendo assim entendemos que Ele não só criou o mundo, mas também permanentemente o prove, o mantém, sustenta-o e o cobre com seu amor sempiternal.

E quando entendemos o agir providencial de Deus entendemos o mover da redenção. Se Deus fosse apenas lei e justiça, e movido pela lei da ação e consequência, teria abandonado os seres humanos às consequências de seus próprios atos. Teria entrado em funcionamento a lei moral; as almas pecadoras teriam morrido, e a justiça eterna teria repartido inexoravelmente tanto castigos como recompensas num círculo vicioso e interminável e o fim seria realmente a morte. Mas o próprio fato de que Deus é amor, significa que deve buscar e salvar tudo o que se perdeu. Deve achar um remédio para o erro, e uma cura para as enfermidades da alma. É impossível destruir totalmente o amor que sente um pai por seu filho, e Deus é o Pai dos seres humanos. E nos amou tanto que deu o seu próprio filho para que houvesse salvação e vida real além da morte. Porque com a obra da cruz Jesus nos mostrou de forma vívida e vivida que existe a ressurreição e com ela a vida eterna, e com a vida eterna o fim da morte e com o fim da morte vencemos uma das leis do universo. Nisto consiste a redenção; em vida e vida no amor que é Deus.

E com a redenção que nos traz vida, entendemos que a vida aqui neste mundo é só o começo de uma vida que vai além. E ao entendermos isto chegaremos a seguinte conclusão: Se Deus fosse simplesmente Criador então os seres humanos poderiam viver suas vidas fugazes, e morrer para sempre. E a vida seria uma breve estada, seriamos como uma delicada flor que o frio da geada da morte teria queimado e logo murchado. Numa curta existência sem passado nem futuro e tão pouco deixaríamos uma semente. Mas precisamente porque Deus é amor, nem o acaso, nem as voltas e nem tão pouco os altos e baixos da vida têm a última palavra sobre nós, mas sim o amor de Deus. E um amor ativo que busca incessantemente reajustar o equilíbrio desta vida. Para que todos nós tenhamos vida e vida em abundância.

E com estas respostas entendemos que Deus é amor e sendo amor é vida, e aquele que nele confia terá vida e vida sempiternal. Que paz de Cristo Jesus, e o amor de Deus Pai Sejam os árbitros de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/12/2014
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