A Graça Que nos Basta.

Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2Co 12:8 e 9A). Estes versículos nos ensina algo sobre a graça e a sua promessa, pois quando entendemos o real valor da graça e a imensurável promessa que Jesus afirmou. Tudo neste mundo começa a ter um valor inferior. Vemos aqui o apóstolo Paulo relatar sobre o espinho que durante sua vida aguilhou a sua carne. Muitos estudiosos e eruditos tentaram decifrar a que se relacionava este espinho. Calvino pensava que se tratava de tentações espirituais. Lutero pensava que tratava-se das perseguições e das oposições que ele sofria. A igreja católica tinha a convicção que tratava-se das tentações carnais, isso só para citar algumas das interpretações.

Mas o que se faz interessante é ver que Paulo orava pedindo que fosse tirado esse aguilhão, mas Deus respondeu esta oração como o faz tantas vezes não com a retirada do aguilhão e nem tão pouco com o afastamento da tribulação. Mas sim respondeu dando-lhe forças para suportá-las. É, é isso que se faz interessante Deus não nos priva das coisas; capacita-nos para vencê-las e sair delas, porque isto que lá na frente pode ser de grande valia no corpo da igreja. Uma destas histórias contadas cujo a qual eu desconheço o autor relata-nos o seguinte: Uma vez um homem foi visitar uma jovem que estava de cama morrendo de uma enfermidade incurável e muito dolorosa. Levando consigo um livrinho destinado a alentar os que passavam momentos difíceis, um livro alegre, cheio de energia, que fazia rir. “Muito obrigado”, disse ela, “mas conheço esse livro.” “Você o tem lido?”, perguntou o visitante. E a jovem respondeu: “Eu o escrevi.” Era obra da graça que tudo pode.

E era nesta graça que Paulo se firmava, ele enfrentou toda sorte de oposição durante toda sua vida e nunca cedeu. Por grande que fosse, não dava seu braço a torcer, nem se retirava. Eis aqui a obra da graça que tudo pode. A palavra no grego que é traduzida para graça em nosso idioma é: χαρις charis, que entre seus significados têm o seguinte: aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: e para os Cristãos dos primórdios tinha o seguinte significado: A bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes, cristã.

E era esta graça que capacitava a Paulo, a enfrentar as calúnias, como ele demonstra em todas as suas cartas. Não há nada mais difícil de enfrentar que a calúnia, a interpretação errônea e o juízo equivocado e cruel. A graça que tudo pode, fazia com que Paulo não se preocupasse com o que as pessoas pensassem, mas sim pelo que Deus sabia que ele era. A glória da vida é que encontramos em nossa fraqueza a graça maravilhosa, porque em toda bíblia vemos que a fraqueza do ser humano é a oportunidade onde resplandece a grandeza do amor Deus.

O que aprendemos com isso? Aprendemos que a graça que acompanhou a Paulo por toda a sua vida, ainda é existente e todos nós podemos e devemos nos valer dela, para que possamos nos manter firmes durantes as vicissitudes da vida. E com isto sigamos aprendendo a servir em amor e verdade. Que o contentamento gracioso, da graça de Deus seja sempre conosco.

(Molivars).