Portas

Portas

“Abre-se uma porta entre várias a disposição da alma: a dor, o trabalho voluntário, a alegria de uma vida saudável, uma vida de ajuda como suporte de outra alma. E por ela muitos passam. Essa abertura lhes proporciona várias outras portas e serem seguidas e transpostas. Muitas delas, algumas vezes, não tão fáceis como parecem, porém podem ser atravessadas por aquele que bom coração carregar, ou melhor, permitir que o bom coração esteja no controle de sua vida.

Essas portas transpostas seguem uma ordem de escolha que é feita em prol da necessidade de experiência a ser enfrentada. A missão que essa porta revela pode gerar, por exemplo, a dor que é e deve ser entendida de várias formas ou de vários aspectos diferentes: a fome, o abandono, a culpa, o arrependimento, a dor mental, a dor espiritual. Todas elas frutos de um esquema elaborado para purificação da alma. A primeira porta.

Assim como o fogo queima e transforma, purifica e cura, a dor age semelhantemente no corpo, passando para a mente seguindo pelo perispírito e chegando à alma. Muitas vezes interpretada de forma errônea e evitada a todo custo pela carne, é o caminho a ser seguido e somente através dele que se chega à outra porta para outro teste e missão.

Esse sentimento (quando mental ou espiritual) ou estado físico (quando apenas no corpo em estado inconsciente) deixa marcas eternas na alma que servem de moeda corrente no plano divino. Ou seja, nascemos pela dor, vivemos na dor e morreremos por ela. Necessário são os que veem aqui para esse plano apenas servir de suporte físico ou espiritual àqueles que devem sofrer, a esses está reservado plano maior em dias vindouros ou eras adiante. O tempo não é medido, não se mede o infinito, apenas temos uma pequena noção de para onde vai, qual direção está indo, nesse caso para todas elas.

Sob vários aspectos e circunstâncias são batizados os que devem seguir suas rotas de dor, se abatidos pelo caminho, ou desistirem, sempre terão que retornar e seguir de onde pararam, se assim conseguirem. Pois, podem ter que recomeçarem em um plano um pouco mais atrasado de onde pararam, se estiverem em estado de culpa, se auto flagelando. Ficam presos nesse estado até terem consciência de que devem sair e de fato recomeçar. Isso se deve como forma de castigo a transgressão da ordem natural da vida. Nenhuma alma tem o poder de pará-la.

Por maior que seja a dor, o sofrimento é necessário e deve ser encarado com ajuda se possível de todos os irmãos que já estão no estado espiritual, a fim de dar suporte para que o desafio seja superado pela alma em questão. Se por ventura a dor lhe causar a morte natural, que assim seja, pois só dessa forma estará cumprindo seu papel na ordem divina, a missão na teia da vida.”