Jesus e o Cego de Jericó
Gosto de esperar o sol nascer, sinto prazer em ver um novo dia raiar, e que mesmo por mais que o tempo passando signifique a eminência do fim, algo maior diz que não: Não, a vida é atemporal, não termina.
Não demorou e logo minha solidão, abençoada solidão, trouxe em minha mente a figura de Jesus, eu, estando Luana, estudei tudo o que pude, e abracei todas religiões que me chegaram, mas nada disso é de valia se não há coração no que se faz, logo pensei na guerra, em como o homem hoje é tão igual ao de ontem, mudou apenas suas armas; todas religiões são divergentes em crenças e doutrinas, mas sempre iguais na violência.
Novamente pensei em Jesus.
Judeu, mas sem religião, e seu amor era tão poderoso e sua esperança tão cheia de graça, que estou aqui, dois mil anos depois falando dele.
Jesus, na simplicidade de creditar os milagres a fé do homem, de dizer que poderíamos ser maiores do que ele foi, não deixa que eu sinta culpa em buscar a iluminação e nem há em mim a soberba para desdenhar de outros deuses... entoo mantras para Shiva, entoo cantos para Oxum, Louvo a Rosa, o Deus único, pois fiz de meu coração uma mesa, onde os deuses se assentam em harmonia, amor e paz.
O que Jesus queria de nós?
Ele sabe do que precisamos, ma o que queremos nós?
Essa é a pergunta correta.
Lembrei-me do cego de Jericó..Mesmo com a multidão pisoteando-o e abafando seus gritos e clamores, Jesus o ouve...
E o que fez ele?
Perguntou ao cego se acreditava em Deus?
Perguntou sua religião, cor, nacionalidade, opção sexual?
Se havia pagado o dizimo, se havia ofertado sangue e incenso nos altares do templo?
Se o seguiria depois de curado?
Não, Jesus, mesmo sabendo o que ele precisava perguntou:
-O que queres que eu te faça?
E então o cego pode ver, e Jesus mais uma vez o mandou seguir com a informação de que a sua fé o havia salvado.
Pensei: Quantas exigências nós fazemos, quantas condições colocamos em nossas relações, até mesmo quando vamos fazer o bem, nós, humanos estamos sempre julgando, porque somos cegos e temos medo.
Não importa qual caminho ande; sua crença e sua fé, quando há duvida e desespero, basta dizer o que se quer, mesmo ele sabendo, Jesus espera o ato de nossa fé, não idolatria, mas o uso de nosso poder pessoal, pois uma vez centelhas divinas, somos deuses e somos livres no nosso direito de escolher. Se tateamos no escuro, basta pedir por luz, e nossos olhos se abrirão!
Não falo de religião, falo de amor...E então outro ser me vem a mente, Jesus derramou seu sangue para lavar os pecados dos homens, mas um anjo ainda hoje carrega a culpa da maldade humana, ficou encarregado de ser nosso bode expiatório...Sim há seres maus que nos induzem a sermos maus, como há seres bons que nos induzem a bondade... Mas Satanás não é culpado de nossos crimes, pois dado nos foi o direito de escolher, e tudo se move pelas vias de nossa fé... Abra os ouvidos para a maldade e o bem não poderá ser ouvido e vice e versa.
Seu coração habita onde depositada está sua atenção!
Jesus queria apenas que amassemos, mas aprender a amar é complicado, implica em abandonar muitas coisas, muitas vezes, se abandonar... Mas não é impossível...Tentar não custa, hoje vamos tentar amar!
É isso que Jesus espera, que os bons espíritos esperam... e os maus também, pois eles existem para atender nossa necessidade de escolher, pois só assim evoluímos, mas um dia todos nós seremos anjos, ou melhor, voltaremos a condição de anjos!
-Majestoso ergue-se Atom, para a graça de mais um dia... Boa sorte!
Sejam gratos pela beleza da vida, Atom que abraça o rei e seus súditos, que abençoa senhor e seus escravos, que ilumina o justo e o pecador, bons e maus... Eu e você!
O Sol é uma fagulha do coração de Deus!
Ele não escolhe, ele existe!
Thoreserc transmitido em freqüência Tetragrammaton a sabedoria do sol
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 11/11/2014
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