Comunhão Universal de Bens (CUB)!
26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Semanário Litúrgico - Ano XLIV - Nº 45 - 28.09.2014 - Ano A
DEUS CONOSCO - A PALAVRA mais perto de você!
Já por algumas vezes (inclusive HOJE em comentário enviado ao jovem MESTRE além-mar Ferreira Estevão), venho enfatizando que ando absurdamente emotivo! Brinco, por vezes, que verto lágrimas até quando é tocado o Hino Nacional antes das competições esportivas...
HOJE, fui presenteado ao dirigir-me até uma IGREJA Católica (se 'chamado', não hesitaria em comparecer a uma Testemunhas de Jeová, Batista, IURD, Brasil em Cristo...), onde, à par da celebração normal da MISSA sempre feita com muita competência pelo venerando Padre GINO, havia celebração de um BATIZADO e o cumprimento de 57 anos de UNIÃO de um feliz casal!
Ajoelhado, pensamento voltado aos meus MAIORES entes queridos, que estarão mais tarde retornando de viagem empreendida ao RJ, enquanto fazia minha pós comunhão, ouvi o coral entoando: "Aonde iremos nós... (http://www.youtube.com/watch?v=imSGnG_fg0c").
Minhas lágrimas, que já rolavam por minha face, 'desabaram' de vez...
Uni à letra do cântico exarado pelas madres e participantes do coral, fala proferida na segunda leitura da LITURGIA DA PALAVRA, que versou sobre parte de uma Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses, com o seguinte teor: "Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro.".
Embora um pouco atabalhoado com a tremenda emoção que me invadia naquele instante, creio que devido aos intensos estudos sobre SUCESSÃO que estamos tendo em nosso curso, meu pensamento voltou para a união em tempos passados, cujo regime de comunhão de bens, na falta de solicitação em contrário, era assumida como Comunhão Universal de Bens (Hoje em dia, se nada solicitado em contrário, é assumida como Comunhão Parcial de Bens...).
Ora, na Lei dos homens, para MUITOS, tal diversificação é muito mais importante que a própria união de dois serem humanos que tem querência um pelo outro, que superam as conquistas patrimoniais terrenas.
Mesmo em tom de galhofa, é comum ouvirmos da boca de partes de casais que:"Se ele(a) morrer amanhã, me virarei pois herdarei o suficiente para seguir minha vida tranquilamente..." ... E a pergunta que não quer calar: "Seria ele(a) ou objeto descartável que, em partindo, seria facilmente esquecido e/ou substituído por outro, sob o pensamento daqueles(as), talvez até com maior vantagem?".
Para onde irá o pequenino que estava sendo batizado?
Estará o Senhor ou a Senhora, vivendo juntos há 57 anos, preocupados com o que um ou outro deixará como herança, ou preocupados com a crescente aproximação da perda do ente querido, à revelia de lhe haver deixado uma polpuda aposentadoria, uma recheada conta bancária, um cartel inolvidável de bens materiais...
Sem uma maior opção, prossegui vertendo dolentes lágrimas...