QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR
"Este ensinamento é verdadeiro: se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando um trabalho excelente. O bispo deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada. Deve ter somente uma esposa, ser moderado, prudente e simples. Deve estar disposto a hospedar pessoas na sua casa e ter capacidade para ensinar." 1 Timóteo 3:1,2 (NTLH)
"É um dito verdadeiro que, se um homem deseja ser pastor, tem uma boa ambição. Porque um pastor deve ser um homem bom, contra cuja vida não se possa falar nada. Deve ter apenas uma mulher, e deve ser trabalhador incansável, cuidadoso, ordeiro, e cheio de boas obras. Deve ter prazer em receber hóspedes em casa, e deve ser um bom mestre da Bíblia." 1 Timóteo 3:1,2 (NBV)
Se algum homem deseja ser "bispo" que em grego é "episkopos", isto é, aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor, deseja um trabalho nobre, importante e extraordinário!
As palavras "presbítero" que no Grego é "presbuteros" e "bispo" que no Grego é "episkopus" são equivalentes e se referem ao mesmo cargo eclesiástico. "Presbítero" indica a maturidade e dignidade espirituais necessárias ao cargo; "bispo" se refere ao trabalho de supervisionar a igreja como administrador da casa de Deus, ou seja: O Pastor.
É necessário porém que esta aspiração seja confirmada por Deus através de sua Palavra, e pela igreja, porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser ser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve primeiro ser aprovado pela igreja segundo os padrões Bíblicos de 1 Timóteo 3:1-13; e Tito 1:5-9.
Isto significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma no ministério pastoral tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, porque esta pessoa é a "queridinha" de algum líder ou porque esta acha que tem visão, capacidade pessoal ou chamada de Deus.
A igreja da atualidade não tem autoridade e nem o direito de reduzir estes preceitos que o próprio Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão em pleno vigor e devem ser observados em amor ao nome do Senhor, ao Reino de Deus e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do pastor (bispo) como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que sua personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos.
Deus requer os mais altos padrões morais para os ministros da igreja. Ele sabe que se estes líderes falharem, não sendo irrepreensíveis, a igreja se afastará e desviará por causa da falta de exemplos que sirvam como modelos de vida para os crentes da igreja.
O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria Divina, nas decisões acertadas e na santidade de vida. Os que aspiram o pastorado, que sejam primeiramente provados quanto à sua trajetória espiritual e moral.
Partindo daí, O próprio Espírito Santo estabelecerá o elevado padrão de vida para o candidato, isto é, que precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isto pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Em outras palavras, sua natureza e caráter deve demonstrar o ensinamento de Cristo que diz que "ser fiel no pouco" conduz à posição de governar "sobre o muito" (Mateus 25:21).
O líder cristão antes de mais nada deve ser o "exemplo dos fiéis", isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas na igreja como dignas de imitação para todos (1 Timóteo 4:12 e 1 Pedro 5:3).
Os dirigentes (pastores e líderes) de uma igreja devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza, lealdade e amor a Cristo e ao Evangelho.
O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo à ser seguido (1 Coríntios 11:1 - Filipenses 3:17 - 1 Tessalonicenses 1:6 - 2 Tessalonicenses 3:7-9 - 2 Timóteo 1:13).
O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família, isto é: o obreiro (líder) deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui falhar, como "terá cuidado da igreja de Deus"? (1 Timóteo 3:2-5 e Tito 1:6)
Consequentemente, quem na igreja comete pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer outra posição de liderança na igreja do Senhor. Tais pessoas podem (e devem) ser plenamente perdoadas pela graça de Deus e pela igreja, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (1 Timóteo 3:8-12).
A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que "o seu opróbrio nunca se apagará" (Provérbios 6:32,33). A sua vergonha não desaparecerá. Isto não significa que, nem Deus e nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado (exceto a blasfêmia contra O Espírito Santo) se realmente houver tristeza no coração por arrependimento genuíno por parte da pessoa que cometeu tal pecado.
O que O Espírito Santo está declarando é que há certos tipos de pecados que são tão graves que a vergonha (opróbrio e ignominia) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão de Deus e das pessoas ( 2 Samuel 12:9-14).
Mas então o que dizer sobre o rei Davi? Sua continuação como rei de Israel a despeito do seu pecado de adultério e homicídio é vista por alguns como uma justificativa (desculpa) bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado gravemente todos os padrões já mencionados. Esta comparação no entanto, é falha e herética por vários motivos.
O cargo de rei de Israel do Antigo Testamento e o cargo de ministro espiritual (pastor) da igreja de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento são duas coisas inteiramente diferentes.
A liderança espiritual da igreja do Novo Testamento, sendo esta comparada com o Sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais elevados.
Segundo a revelação Divina no Novo Testamento e dos padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria, de hipótese alguma as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja atual. Ele teve várias esposas, praticou infidelidade conjugal, falhando grandemente no governo de seu próprio lar, cometeu homicídio gravíssimo e derramou muito sangue durante seu reinado (1 Crônicas 22:8; 28:3).
Observe-se também que por ter Davi, devido seus pecados, ter dado lugar para que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo Divino pelo resto de sua vida (2 Samuel 12:9-14).
Na visão bíblica do Novo Testamento (depois de Cristo) é correto ter pastor enquanto ainda é solteiro? Alguns fatos são evidentes nas descrições da igreja primitiva no Novo Testamento:
1. Os termos presbítero, pastor e bispo são descrições diferentes dos mesmos servos (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-2);
2. Deus revelou, pelas epístolas de Paulo, qualificações essenciais que todos os presbíteros/bispos/pastores devem ter (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Ele introduziu estas qualificações com as expressões “É necessário” e “é indispensável”;
3. Entre as qualificações, ele incluiu: “esposo/marido de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). As igrejas de Cristo que seguem a palavra de Deus corretamente, insistem em pastores casados, além de exigir as outras qualificações (filhos crentes, caráter irrepreensível, capacidade para ensinar, etc).
Mas, as práticas da maioria das denominações atuais são outras. Uma série de mudanças ao longo da história já criou um entendimento diferente e bem difundido no mundo religioso.
Muitas igrejas fazem uma distinção não-bíblica entre pastores, presbíteros e bispos. A maioria adota qualificações humanas (formação teológica, por exemplo) no lugar das qualificações dadas por Deus. Como resultado, muitos são chamados “pastores” sem ter as qualificações bíblicas. Alguns são solteiros. Outros são casados, mas sem filhos ou com filhos pequenos, ainda incapazes de ser crentes.
Quando alguém questiona as qualificações destes pastores, as defesas são várias. Muitos simplesmente citam as normas das suas denominações sem se preocuparem com a palavra de Deus e nós não temos direito a acrescentar nada à palavra revelada pelo Espírito Santo.
Uma outra abordagem para justificar os pastores não qualificados é citar o próprio Jesus que, mesmo sem se casar, é o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4; João 10:11). Se Jesus tivesse dito para escolher pastores baseado no exemplo dele, este argumento seria válido, mas incompleto.
Se for aplicar o exemplo de Jesus acima da palavra revelada, teríamos que aceitar a noção católica de um pastor celibato sobre a igreja universal, pois Jesus é o Pastor da igreja toda! Mas o testamento de Jesus, que entrou em vigor após a sua morte, exige pastores casados que governam bem as suas famílias e cuidam de igrejas locais.
Para defender a prática comum de escolher pastores sem estas qualidades, os homens recorrem a vários argumentos. Vamos considerar algumas questões:
Paulo não foi casado. Paulo foi fiel no seu trabalho de apóstolo e ministro (servo) de Cristo (Atos 26:16; Colossenses 1:1,23), mas, nas Escrituras, ele nunca é chamado de bispo, presbítero ou pastor. Os outros apóstolos eram casados (1 Coríntios 9:5). Por isso, não nos surpreende descobrir que alguns deles serviam, também como presbíteros (1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1).
Timóteo e Tito não foram casados. Não há referência a estes evangelistas como casados, mas também não há nenhuma passagem que os chama de pastores! O costume de chamar as cartas a estes evangelistas de “epístolas pastorais” cria uma certa confusão, porque foge da linguagem bíblica. Na Bíblia, nem o autor nem os destinatários dessas cartas são chamados de pastores!
Paulo disse que solteiros podem servir melhor (1 Coríntios 7:1-7). O conselho de Paulo foi dado em relação a “todos os homens” (7:7) especificamente por causa de uma “angustiosa situação presente” (7:26). Não deve ser interpretado de uma maneira que contradiga outras passagens que incentivam o casamento (1 Timóteo 5:14) e que especificamente exigem que presbíteros sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6).
Pastores solteiros? Não!!! Não na igreja do Senhor Jesus Cristo!!!
Vamos seguir a palavra do Senhor ou as tradições dos homens? Leia Mateus 15:6-9
As igrejas de hoje de hipótese alguma não devem desprezar todas as qualificações justas exigidas pelo próprio Deus para seus pastores e demais líderes da igreja, conforme está escrito na revelação Divina, na Palavra de Deus.
É dever de todas as igrejas de Deus no Mundo inteiro orar por seus pastores e líderes, assisti-los e sustenta-los na sua missão de servirem como "exemplos dos fieis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza" (1 Timóteo 4:12).
Só para relembrar e finalizar, vamos ler todo este texto à baixo:
"É um dito verdadeiro que, se um homem deseja ser pastor, tem uma boa ambição. Porque um pastor deve ser um homem bom, contra cuja vida não se possa falar nada. Deve ter apenas uma mulher, e deve ser trabalhador incansável, cuidadoso, ordeiro, e cheio de boas obras. Deve ter prazer em receber hóspedes em casa, e deve ser um bom mestre da Bíblia. Não deve ter o vício da bebida, nem ser um valentão, mas sim deve ser amável e bondoso, e não ter amor ao dinheiro. Deve ter uma família bem educada com filhos que obedeçam depressa e com docilidade. Porque se um homem não consegue fazer com que sua própria família, que é pequena, se comporte bem, como pode ajudar a igreja toda? O pastor não deve ser um cristão novato, pois poderia ficar orgulhoso de ter sido escolhido tão depressa, e o orgulho vem antes duma queda (a queda de Satanás é um exemplo). De igual modo, ele deve ser bem conceituado entre as pessoas de fora da igreja, aqueles que não são cristãos, a fim de que Satanás não o enlace com muitas acusações e o deixe sem liberdade para guiar seu rebanho." 1 Timóteo 3:1-7 Nova Bíblia Viva (NBV)
SHALOM E UM PODEROSO ABRAÇO.
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