O Amor de Jesus Nos Torna Juízes de Nós Mesmos.

Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel. José e Maria se maravilharam das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado (Luc 2:29-34). Aqui nestes versículos vemos o lindo cântico chamado, Nunc Dimitis, e tem este nome devido as suas primeiras palavras em latim (Nunc dimitis servum tuum, Domine….) que sua tradução é: Agora, Senhor, tu podes despedir ao teu servo. Na época havia vários pensamentos sobre a vinda do salvador em meio ao povo Judeu, e alguns destes pensamentos que até hoje ainda existem. A grande maioria acreditava que os judeus eram os escolhidos, era o povo de Deus e estavam destinados a serem os donos do mundo e senhores de todas as nações. E que o messias seria um grande paladino celestial, que viria para derrotar os exércitos inimigos; outros acreditavam que surgiria outro rei da linha do Davi e que se reviveriam todas as antigas glórias; outros criam em que o próprio Deus irromperia diretamente na história por meios sobrenaturais. Mas em meio a estes haviam outros que conhecidos como os Silenciosos da terra, que não tinham sonhos de violência nem de poder nem de exércitos com estandartes; acreditavam em uma vida de oração constante e de silenciosa vigília até que Deus viesse. Esperavam durante todas suas vidas silenciosa e pacientemente. Simeão era assim; esperava em oração, em adoração e em humilde e fiel expectativa, o dia no qual Deus confortaria a seu povo. E o Espirito Santo havia prometido que ele não morreria antes de ver o messias. E ao ver Jesus ele reconheceu o messias e então ele pronuncia o, Nunc Dimitis.

Mas o versículo que nos chama a atenção é o trinta e quatro, nele Simeão resumi a obra de Jesus na terra. Quando ela diz:“Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel,”(Luc 2:34b). Pode até soar estranho aos nossos ouvidos tais palavras, Jesus causando a queda de alguém. Mas o que devemos entender é que não é Ele que causa a queda de alguém, mas somos nós que caminhamos em direção da queda. Não é tanto Deus quem julga o ser humano; o próprio ser humano julga a si mesmo; e o seu julgamento está na reação perante Jesus Cristo. Se, quando somos confrontados com o imensurável amor, com a infinda bondade e a gloriosa beleza; e respondemos com um coração que busca sentir plenitude de um amor, que nos leva a caminhar em um servir em amor e verdade simplesmente pela beleza da bondade infinda, estaremos dentro do Reino. Mas, se permanecemos frios, sem sentir uma comoção ativa e, respondemos com hostilidade a visão e a oferta de tão gracioso amor, caminhamos em direção da destruição, ou seja, estamos condenados. Sendo assim somos donos de nosso próprio juízo e tudo depende de uma fatídica negação, ou de uma gloriosa e grande aceitação.

E mais a frente ele diz: “e o soerguimento de muitos em Israel,” (Luc 2:34,2b). Jesus será a causa pela qual muitos se levantarão. Quando estamos caídos seja qual for o motivo, na maioria das vezes falta-nos uma mão amiga para ajudar-nos a levantar. É a mão de Jesus, que levanta a todo aquele que nEle buscar refúgio e ajuda, Ele nos tira da vida velha, levando-nos à nova, do pecado à retidão, da vergonha à glória. Ele venceu a morte para que tenhamos vida e vida em abundância. Ele venceu os vícios e as fraquezas humanas, para que tenhamos a certeza que nEle podemos também vencer. Em um tempo que as doenças psicossomáticas, e as doenças da alma se faz presente, fazendo com que muitos se deixem dobrar por tais males, somente Jesus Cristo com sua mão poderosa pode levantar o ser interior de cada um de nós. Pois Ele é o pão da vida que alimenta corpo, alma e espírito, ou seja, Ele alimenta o ser humano por inteiro.

E seguindo ele diz: “e a ser um sinal de contradição,” (Luc 2:34.3b). Para muitos na época e ainda hoje, Jesus traz a contradição pois perante o imensurável amor de Jesus aflora-se o que realmente carregamos dentro de nós. E no forte confronto do que realmente somos e do que pensamos ser, se faz notável a fraqueza e a pequenez do ser humano. E isso no leva a amá-lo ou a rejeitá-lo. Porque perante a Jesus Cristo não há como se ter neutralidade. Ou nos rendemos ou estamos em guerra com ele. E a tragédia da vida é que o orgulho que carregamos dentro de nós, nos impede de fazer essa rendição; rendição que não espelha a derrota, mas sim nos leva a vitória. E uma vitória que consiste em uma vida em Deus e com Deus na eternidade, cabe a cada um de nós a escolha e o juízo, em Cristo num amor eterno para uma vida eterna, ou com o mundo e seus prazeres na morte e para morte eterna. Que a paz de Cristo Jesus seja o arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 07/08/2014
Código do texto: T4913334
Classificação de conteúdo: seguro