Chamados Para Fazer Parte da Família de Deus.
Nesta passagem que está no Evangelho segundo São João, no capítulo quinze nos versículos do onze ao dezessete, Jesus nos mostra sete atribuições e para que fomos escolhidos. Estudaremos em separado cada uma delas. Já estudamos sobre a alegria e sobre o amor, sobre o chamado para amizade, chamado para sermos companheiros, o chamado para sermos embaixadores, o chamado para sermos anunciadores de Cristo. E finalizaremos estes estudos dissertando sobre o chamado para fazer parte da família de Deus.
Jesus nos chama para fazer parte da família de Deus, e junto com este chamado vem o sagrado privilégio de pertencer a família divina, mas junto com os privilégios vem também a responsabilidade, pois toda família real tem um dever para com aqueles que o cercam e isso fica claro quando Ele diz: a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. (João 15:16 d, e; 17). E ao sermos chamados para pertencer a família de Deus devemos lembrar que Jesus e o exemplo de irmão primogênito e devemos seguir o exemplo da sagrada primogenitura para que possamos seguir dentro deste reinado. Jesus nos escolheu para ser os membros privilegiados da família de Deus. Escolheu-nos para que seja o que for que peçamos ao Pai em seu nome nos seja concedido. Aqui voltamos a enfrentar uma dessas afirmações fundamentais sobre a oração e devemos dedicar tempo suficiente para que possamos compreender um pouco mais, sobre o sagrado ato da oração. Se olharmos esta frase sem dedicar o devido estudo e cuidado, poderemos chegar a conclusões erradas e até mesmo formarmos conceitos errôneos sobre a oração, pois meias verdades sempre nos leva a meio entendimento, e meio entendimento e o mesmo que não entender nada. E o conceito errado está em pensar que tudo o que pedirmos será nos dado. Más será mesmo? Será que Deus Pai atende orações egoístas? De acordo com palavra vamos estudar os quatro princípios básicos da oração.
1 – A oração deve ser uma oração com bases firmes na de fé (Tiago 5:15). Mas não a fé guiada pela emoção, e sim a fé embasada na confiança no amor de Cristo Jesus. A oração deve nascer no coração confiante daquele que a faz, a oração jamais pode ser uma mera formalidade, ou uma mera repetição rotineira e convencional de frases feitas. Quando a oração não está inundada de esperança não pode ser efetiva. Não é de valia alguma que alguém ore pela mudança se não crer que é possível mudar. A oração só tem poder quando a pessoa que a faz, traz em seu coração a certeza do invencível do amor absoluto de Deus.
2 – A como Jesus Cristo nos ensinou a oração deve ser feita em seu nome, pois não há outro intercessor entre nós e o Pai senão o Filho. E sendo assim entendemos que não podemos orar por coisas que sabemos que Jesus não aceitaria. Não podemos orar para obter uma pessoa, esta oração será inútil, porque Deus jamais interferirá no livre arbítrio de uma pessoa; nem tão pouco para que se cumpra alguma ambição se tal cumprimento implicar que alguém sofrerá uma perda ou será ferido. Jamais podemos orar em nome dAquele que é amor e a própria justiça para nos vingar de nossos inimigos. Quando tentamos converter a oração em um instrumento que nos permita realizar nossas próprias ambições ou satisfazer nossos desejos, a oração não terá nenhum efeito porque não é autêntica.(Tgo 4:1-3).
3 – Ao orarmos devemos ter em mente e devemos dizer: “Faça-se a tua vontade.” (Mat 6;10, 26:42). A primeira coisa que devemos fazer ao orar é nos dar conta de que jamais poderemos conhecer e entender da vida, mais que Deus. A essência da oração não consiste em dizer a Deus o que Ele deve fazer, mas sim pedir a Ele que a sua vontade se faça em nossas vidas. Porque Deus enxerga muito além do que se quer, imaginamos enxergar. Sendo assim a verdadeira oração não deveria ser para pedir a Deus que nos propicie ou no dê as coisas que desejamos, mas sim que nos capacite a aceitar aquelas coisas que Ele tem para as nossas vidas. Porque a confiança no amor de Deus que sempre tem o melhor para nós é a verdadeira fé.
4 – A verdadeira oração jamais deve ser egoísta. Jesus nos ensinou isso de forma vívida e vivida, porque Ele jamais durante seu tempo de vida como ser humano usou de seu poder para obter algum beneficio próprio. E em Mateus capítulo dezoito versículo dezenove Ele disse algo muito esclarecedor: Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.(Mateus 18:19). Aqui Mais uma vez Devemos entender o que realmente Jesus nos ensina, e não devemos tomar isto ao pé da letra porque isso significaria que podemos mobilizar uma boa quantidade de gente para que ore por algo, nossa prece será concedida. E não é bem assim aqui devemos ver que ao mencionar em comum acordo Ele diz que não podemos ser exclusivistas, ou seja, pensar somente em nosso bem-estar: digamos que um grupo de pessoas vai passar suas férias na praia e então eles se juntam em oração para que não chova, e de outro lado tem um grupo de lavradores que esperam ansiosamente pela chuva abençoada para molhar a sua plantação. Será que tais orações serão atendidas? O que entendemos é que quando orarmos jamais devemos orar unicamente pelo nosso bem, mas sim pelo bem de toda a humanidade. A oração sempre será mais eficaz quando é feita pensando na dor do próximo. A maior tentação que todos nós sofremos quando oramos é fazê-la como se as nossas dores e as únicas pessoas que contam fôssemos nós mesmos. Uma oração assim não pode surtir efeito.
Jesus nos escolheu para que fôssemos membros privilegiados da família de Deus. Podemos e devemos levar tudo a Deus em oração. Mas uma vez que o fazemos, devemos aceitar, aquilo que Ele nos proporciona. E nunca tentar coagir a Deus para que Ele satisfaça os nossos desejos de acordo com os nossos conhecimentos e a nossa limitada sabedoria, e sempre confiar na resposta que Deus nos envia em sua infinita sabedoria e em seu imensurável e perfeito amor. Desta maneira seguiremos fazendo a vontade de Deus, no caminho do amor ao próximo e quanto mais amemos a Deus, mais fácil nos será fazê-lo. Pois o constante praticar do amor nos torna amorosos, e como seres amorosos seguiremos irmanados em direção da vida eterna onde reina a eterna família de Deus Pai.