Porque Todas as Coisas Existem Por Amor de Vós.

(2Co 4:15a).

Nesta passagem o apostolo Paulo nos ensina como deveria ser a vida de um ser humano. Nós nascemos vivemos o tempo da infância, chegamos a adolescência e vem idade adulta, e ai caminhamos em direção ao envelhecimento. E durante todas estas etapas nós acumulamos uma carga de sentimentos e aprendizado. Quando chegamos no tempo da velhice deveríamos ter acumulado uma rica vivencia de sabedoria e amor. Mas não o que vemos geralmente passamos pela vida sem perceber as coisas gloriosas que Deus Pai fez para o nosso bem viver.

Aqui começamos a estudar o que o apostolo Paulo nos ensina quando ele diz: Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus. (2Co 4:15). Como já sabemos tudo que Deus fez, o fez para que nós desfrutássemos para que em conjunto vivêssemos em harmonia. Mas quando olhamos a nossa volta não é isso que acontece, nos vivemos em completa desarmonia não somente com os nossos semelhantes mas também com a natureza que por Deus foi criada perfeita. E pior ainda vivemos em desarmonia com nós mesmos pois ao invés de acumularmos o saber amoroso e frutífero durante o nosso viver acumulamos um saber destruidor . É natural que durante a nossa vida a força corporal murche, mas também deveria ser natural que a nossa alma continuasse crescendo. Os mesmos sofrimentos que podem debilitar o corpo do homem podem ser os que fortaleçam as fibras de sua alma. Os anos que levam a beleza física deveriam adicionar beleza espiritual. Todo o tipos de dissabores que vivenciamos durante o nosso viver deveria servir de balizamento para que não causássemos os mesmos dissabores ao próximo. Mas é comum que durante o nosso viver acumulemos toda sorte de traumas, magoas e um balaio de desconfiança. E saímos por ai magoando porque fomos magoadas; desconfiando de tudo e de todos porque um dia fomos enganados ou porque alguém desconfiou de nós. Quando na realidade deveríamos praticar o amor pois sabemos o quanto dói a magoa, praticar a confiança, porque sabemos o quanto é difícil ser relegado a pela desconfiança. A saber confiança e amor não é algo a ser conquistado, mas sim a ser cultivado em nosso interior para que a exemplo de Deus que mesmo sabendo de nossas deficiências nos ama e confia em nós graciosamente e de graça. E o cultivar do amor confiante nos faz solidário a Cristo Jesus, que é o amor que gera a vida que produz vida. Do ponto de vista físico a vida de um ser humano comum, é um lento mas inevitável escorregar na descida que leva à morte e termina na tumba. Mas quando dedicamos a vida no aprender e no cultivar do amor confiante estamos em Cristo Jesus. E então a vida se torna um ascender a constante na escada que leva ao topo da presença de Deus. E sendo assim não devemos temer os anos, pois cada ano vivido nos aproximam mais da presença Deus que é amor e a própria confiança , e não da morte.

E ele segue dizendo: Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,(2Co 4:16,17 ). Aqui Paulo nos exorta a não desanimar ou dar-se por vencido pelas circunstâncias que na vida nos apresente. Mesmo que o nosso corpo fique cansado o a nossa mente fique esgotada não conseguindo ver a solução. O Espirito Santo que habita em nós, nos transformará e nos fortalecerá na empreitada. Pois quando usamos as vicissitudes e as tribulações que a vida nos apresenta no sentido de absorvermos as experiência para que em um futuro próximo, possamos usá-la para propiciar o bem estar do próximo. E aqui vemos Paulo usar a própria vida como referência, porque ele estava convencido de que tudo o que tivesse que sofrer neste mundo seria como nada comparado com a glória que desfrutaria no vindouro. Sempre tendo em mente a obra de amor de Cristo Jesus. E, é interessante que lembremos: Deus por amor tudo fez para que desfrutássemos um bem viver, mas devido a nossa poluição interior perdemos o sentido do amor, e então o amor de Deus veio habitar entre nós, e quão grande é este amor que caminhou em direção da cruz para apagar os nossos pecados gerados no desamor; a saber Jesus Cristo. E, é no continuo alimentar do amor doador de Jesus Cristo que devemos seguir lutando confiante que o espirito santo nos renova a cada dia, tendo como meta esperança em um mundo onde o amor confiante impera, pois disto é feito o reino dos céus.

Ele termina dizendo: não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (2Co 4:18).Ele nos mostra que existem duas manerias de se ver as coisas:

uma é a maneira literal e materialista, desta maneira vemos as coisas com ela exteriormente se apresenta e isso nos leva a crer que tudo se resume naquilo que vemos ou esta diante dos nossos olhos. E seguindo assim passamos pela vida nos apegando as coisas materiais e na maioria das vezes colocando as coisas acima das pessoas, e o pior coisificando a tudo e a todos. E a consequência desta visão é que as coisas deste mundo tem um tempo certo de vida e vencido este tempo e se desintegra, e quando caminhamos com este tipo de visão caminhamos também em direção ao fim e a destruição.

A outra maneira é a visão que todos os Cristãos devem ter: O Cristão a exemplo de Cristo deve sempre olhar para além do que os olhos podem ver ou seja sempre ter os olhos voltados para as coisas que não se mostram de pronto. E aqui se faz interessante a metáfora; como podemos estar atentos as coisas que não vemos? E a reposta é: devemos sempre olhar a tudo e todos com o olhar que o Espirito Santo nos provê. O Espirito Santo é o nosso ajudador e Ele nos capacita a enxergar o divino, Ele nos provê da capacidade de enxergar o reino de Deus. Mas para que isso aconteça precisamos ter um intimo relacionar com Ele, e esta intimidade se faz no praticar constante do amor.

Que o amor de Deus seja sempre conosco, como o pão de cada dia que se põe sobre as nossas mesas para nos alimentar.