Certo dia, um homem estava cheio de tristeza, porque sua despensa estava vazia e a sementeira não tinha brotado ainda. Então, desceu para apascentar em seu jardim e colher os lírios do campo. Passando pela cozinha, viu a pia repleta de vasilhas sujas... Vou visitar primeiro meu  jardim, depois arrumarei a cozinha, para que minha esposa encontrando  tudo limpo, possa dizer: Não é bom que a mulher esteja só... e se alegre porque Deus lhe deu uma ajuda adequada.
No jardim, o homem colheu uma folha  e por longo tempo, contemplava as delicadas nervuras que mais se assemelhavam a ramos de uma pequena árvore. Enquanto pensava, um sabiá pousou em um galho da amoreira. O homem disse-lhe: Criatura de Deus, não tenho amoras para te oferecer, porque não é época de colheita! Mas eu vou lavar a louça e posso te dar alguns grãos de arroz cozido.
Foi. Lavou pratos, panelas e talheres, mas como o sabiá tardava chegar, ele pensou: Minha oração não subiu ao céu. Não dilatou o coração de Deus, por isso,  o sabiá não veio.
De repente, olha para trás e vê um pardal catando migalhas debaixo da mesa. Olha só quem veio!...Pardais estão em todas as partes. Invadem nossas casas, fazem ninhos nos beirais e sujam as paredes... Em seguida, voltou ao jardim para contemplar os lírios que seu  Pai plantara e viu muitos pardais em regozijo, louvando ao Criador. Eles não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e o Pai celeste os alimenta.

— Foto: Joaquim Martins.
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No Novo Testamento, um pardal aparece numa escala de preço muito baixo. Dois  deles valiam o equivalente à menor unidade da moeda romana.(Conferir em   Mateus 10,29 e Lucas 12,6.) Não é bom que o homem esteja só. (Gen.2,18). Desceu para apascentar no jardim. (Cânticos 6.2) As aves não semeiam, nem ceifam,  nem têm despensa....(Mat.6,24-34)