A exaltação do Senhor
Três anos após sua iniciação, dentro das águas do Rio Jordão, o Filho da Luz entra em Jerusalém. E, ainda que silenciosa, respeitosa e discretamente acolhido no dorso de um dos mais simples dos animais, é exaltado como rei, ao balançar das verdes folhas das palmeiras, pelos mesmos homens que, alguns dias depois, gritarão enlouquecidos: “Crucifica-o!... Solta a Barrabas, o rei dos Ladrões”!
Seus, até então, fiéis irmãos, ao contemplar tamanha exaltação, sonham com a possibilidade de ver reascender, no seio da humanidade, a antiga Luz do rito solar, revelada ao Mundo pelo grande rei denominado Melquisedeque da velha tradição.
O semblante do Príncipe da Paz revela a serenidade de quem contempla, com docilidade e compaixão, o aproximar do necessário sacrifício para a redenção de toda a humanidade. Era o início da semana da mais significativa festa dos filhos de Israel que, ainda que chamada de Libertação, culminaria na traição, no presidio, no flagelo e, também, na própria crucificação.
Mas, a exemplo dos sete princípios da Criação, foi também a partir daquele clamoroso momento que se contou o tempo que culminou com a da divina Ressurreição!
(JPF – Domingo de Ramos/2014)