Com o Domingo de Ramos, entramos na Semana Santa, a semana que nos dá acesso às celebrações pascais, centro e ponto culminante da fé cristã. De acordo com os evangelhos, Jesus quis entrar em Jerusalém e dar um sinal ao povo de que se cumpriam profecias messiânicas de libertação para Jerusalém (Cf. Zc 9). É provável que, historicamente, essa entrada de Jesus em Jerusalém tenha se dado por ocasião da festa das Tendas que lembra o tempo de Israel no deserto a caminho da libertação. Até hoje, para recordar o tempo do deserto, durante oito dias, as famílias judaicas armam tendas cobertas de palmeiras no terreno de casa e dormem ali. Daí a tradição de ramos e folhas de palmeira. Ao recordar hoje, essa entrada de Jesus em Jerusalém, penso no mundo atual. Como até hoje, a humanidade espera sua libertação, como nossos povos precisam de esperança social e política e como a atual estrutura da sociedade não dá esperança a ninguém. Como os partidos se esvaziaram, como os candidatos às eleições revelam apenas projetos eleitoreiros e não projetos para o país. E os coronelismos continuam de direita ou de pretensa esquerda populista. E não há nada de novo debaixo do sol...
Nada disso virá de Deus. O mundo novo tem de vir do povo. Deus nos dará força para lutar por isso e podemos sim nos inspirar no projeto de paz e justiça que ele tem para o mundo. É Páscoa.
Nada disso virá de Deus. O mundo novo tem de vir do povo. Deus nos dará força para lutar por isso e podemos sim nos inspirar no projeto de paz e justiça que ele tem para o mundo. É Páscoa.