Deus e o avião desaparecido
“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus.” Sal 14; 1
Esse Salmo, o único que se repete em toda a coletânea, 14 e 53, traz uma sentença definitiva sobre algo muita relevante, a existência de Deus. O “investigador” conclui suas reflexões de modo terminante: Não há Deus. Entretanto, informa-nos o salmista, o detetive é um néscio; ou seja, tolo.
Claro que coisas banais podem ser descartadas como tais; mas, as importantes, só um perfeito idiota trataria como superficiais.
O mundo cogita o destino do voo MH 370 da Malaysia Airlines que sumiu há alguns dias sem que se possa afirmar ainda o que aconteceu. A princípio cogitou-se acidente, pane; depois, com a informação de passageiros iranianos com passaportes roubados ventilou-se terrorismo; quando melhor identificados os suspeitos descartou-se … agora, com informações que sistemas de comunicação da Aeronave foram deliberadamente desligados e sua rota foi desviada a hipótese mais robusta é que houve sequestro com conivência de tripulantes. O fato é que há o envolvimento de 25 países na busca, com barcos, aviões, helicópteros, inteligência, satélites, etc. Afinal, o sumiço envolve 239 pessoas, além de uma aeronave de grande porte. Não se pode simplesmente dar de ombros, deixar pra lá.
Será que a existência do Criador é de igual monta que valha à pena ser meticulosamente escrutinada, ou podemos nos evadir à inquietação como fez o néscio supra? Afinal, caso Ele exista diz respeito a humanidade toda, sua origem, rota, futuro, bem como, do Universo.
É de se esperar que pessoas honestas minimamente inteligentes analisem tal desconhecido precisamente como se está fazendo em relação ao sumiço do avião malaio. Perseguindo prioritariamente as possibilidades lógicas, os indícios; que se vasculhe profundamente para chegar a uma conclusão sábia, invés de néscia.
No prisma lógico, aliás, a única alternativa ao Criador, o “Big Bang” e a evolução natural das espécies, soa ridícula. A perfeição e ordem do que vemos testificam d’uma inteligência Superior, arte esmerada, o que não pode ter sido fortuito como o desligamento do transponder de aludido avião.
A hipótese da existência de Deus ter sido uma criação humana também derrapa na curva da lógica; o Deus apresentado no que seria Sua Palavra tem reclames morais e espirituais muito superiores às melhores obras filosóficas humanas de todos os tempos. Assim, os “velhacos” que escreveram a compilação supostamente Divina deveriam ser de uma estirpe superior de inteligência sublime, ainda que rasos moralmente, por apresentar como Divino, o que seria meramente humano. Querer sublimação e baixeza no mesmo habitat é uma afronta lógica; por aí, acho que não encontraremos nosso “avião”.
Ademais, não há nas Escrituras tentativa de persuasão quanto a crer na existência de Deus; antes, na Sua Palavra, Sua Vontade Expressa. Em Parte alguma Deus se apequena suplicando que creiam em sua existência. Antes, começa Sua revelação como sendo Auto-Evidente, dispensa apresentações e vai direto ao que interessa: “No princípio, criou Deus, os Céus e a Terra.” Gên 1; 1
Quando a fé é apregoada como necessária, isso, é uma carência nossa, pois, carecemos agradá-lO mediante obediência se quisermos ser abençoados. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11; 6 Tanto a fé O agrada, quanto a incredulidade blasfema; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5; 10
Além disso, milhões de pessoas de todas as nações podem testificar que após crerem encontraram paz de espírito. Praticando os preceitos bíblicos foram radicalmente transformados em seu modo de viver; tal que gradativamente migraram do vício, à virtude. Esse “indício” aponta em qual direção?
Há ainda o que dizem ser a Bíblia mera criação judaica um compêndio da pretensa dominação sionista. Mas, se ela é uma criação tribal, por que seu alcance é universal, mesmo afrontando aos nacionalistas hebreus? Desde a promessa a Abraão e sempre, o mundo todo é o escopo de Deus, ainda que, partindo de Israel. “…em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gên 12; 3 “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras.” Sal 100; 1
Outros apontam as guerras e mortandades praticadas em nome da religião com indício de inexistência de Deus. Ora, A Palavra adverte que seria assim, pela hipocrisia humana que tenta divinizar suas cobiças. Ele mandou amar mesmo aos inimigos. Os descaminhos humanos não são erros Divinos.
Encontrar a Deus não demanda inteligência superior; antes, começa com a admissão que nós não somos divinos, algo que ofende a “dignidade” dos néscios…