Comentário da Liturgia da 5ª feira 
        da 2ª semana da Páscoa 


     Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo sacerdote no Grande Conselho pelo fato de desobedecerem à determinação de não continuarem pregando em nome de Jesus e a Sua Doutrina. Eles, no entanto, não temem e respondem: “Importa obedecer a Deus do que aos homens”. Mais uma vez acusam as autoridades da morte de Jesus, publicamente. E mais ainda, ali, diante deles falam da ressurreição de Jesus e se intitulam testemunhas do ressuscitado. Acrescentam que são assistidos pelo Espírito Santo dado por Deus, o Deus dos Judeus, o Deus que elegeu um povo, caminhou com ele e agora era traído.Exortam que o Espírito é dado não só a eles, mas a todos os que obedecem ao Pai e testemunham o Filho, Jesus Cristo, ressuscitado e vivo, o Salvador. 
     No Evangelho João confirma tudo o que dizem os apóstolos. Ele afirma que Deus enviou Jesus. Portanto veio do alto e fala a linguagem de Deus Pai, pois é portador do Espírito sem medidas. Se o pai deu participações medidas do Espírito aos Profetas para que cumprissem suas missões, não daria o próprio Espírito ao Filho? Jesus possui a plenitude do Espírito. João afirma que Deus por amor confiou ao Filho Jesus todas as coisas, logo Ele pode comunicar o Espírito. E é este amor trinitário que permite definir “Deus é amor” (I João 4,8). 
     Nós terrenos, que falamos as coisas terrenas para aceitarmos o testemunho e nos tornarmos testemunhas de Jesus necessitamos do Espírito Santo. Peçamos, pois que o Espírito que recebemos no batismo, e pode estar adormecido ou abafado em nós, entre em efusão e nos capacite a testemunharmos Jesus Vivo aos que ainda não O conhecem e não tiveram a experiência do seu amor. 
      O testemunho é muito importante. Se existe hoje a nossa Igreja é por que alguém testemunhou tudo sobre a vida, paixão,  morte,  ressurreição e ascensão de Jesus.



Atos 5,27-33 ; Salmo 33(34) ; João3,31-36
 


http://www.marineusantana.recantodasletras.
com.br/visualizar.php?idt=455453