Ententendo melhor Deus
Entendendo melhor Deus
Deus não julga nem testa os seres humanos
A ideia de um julgamento Divino sobre nós vem sendo arraigada desde o princípio das relações humanas, podemos observar que embora inicialmente na origem da espécie humana a manifestação Divina se traduziria aos fenômenos da natureza, a tipos idolatrados ou outros seres cujo o poder esteja acima de si próprio.
Considerando o julgamento de Deus na sua soberana justiça vários outros sentimentos humanos foram incrementados, sendo o de culpa o mais expressivo.
Passagens bíblicas estão relatando estes tipos de sentimentos, a começar pelo pecado original, não tratarei, mas tentarei expor uma opinião baseada no raciocínio.
Deus criou o universo, logo sabe tudo o que se passa nele, até mesmo em dimensões extrafísicas; sua criatura não pode ser julgada pois seria uma contradição, como demandar julgamento a aquilo que foi criado para ser exatamente manifesto de seu infinito poder?
Onde entra então a culpa, o sofrimento, a penúria e o sacrifício?
Dotado de razão ímpar, o homem passou a ser seu próprio juiz tendo em si a consciência, a voz sorrateira ou mesmo estrondosa que governa o intimo de cada um.
Atribuir a Deus as fatalidades da vida humana é desrespeitar uma regra “o livre arbítrio“, que permite uma certa dose de escolha na condução da vida.
Quem conhece de verdade o que produz não precisa ficar testando, pedindo provas e argumentando. Estas características se são plausíveis aos seres humanos, seriam inadmissíveis atribui-las a Deus. Neste contexto, tudo o que se diz “Deus está testando sua fé”; “ Deus está pedindo uma prova de sua adoração” e etc, são incabíveis a um fenômeno Divino.
Quem julga e testa seres humanos são os próprios seres humanos que fazem isto muito bem e que vem aprimorando isto a cada dia.
Somos submetidos a testes nas relações cotidianas, nos institutos educacionais nas atividades profissionais. Somos julgados por nossos comportamentos declaradamente nas relações gerais, tendo até profissionais habilitados a julgar e testar o tempo todo.
Sabemos o que esperam de nós os outros seres humanos, mas o que Deus quer de nós é que sejamos plenos e verdadeiros juntamente com a parte mais Divina que há em nós; esquecendo portanto a imagem de um Deus julgador e testador de nossas ações.
Quando aprendermos a sentir este Deus verdadeiro dentro de nós, os julgamentos e testes alheios serão irrelevantes perto da plenitude que iremos alcançar.