OCTOGÉSIMA TERCEIRA AULA DE TEOLOGIA.

OCTOGÉSIMA TERCEIRA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

São Paulo nos exorta, para que cada um batizado em Cristo morrerá com Ele e ressuscitará para a vida eterna. Quem não acreditar na ressurreição de Cristo não poderá ser cristão. A nossa maior alegria é saber e crer que Jesus ressuscitou para a glória de todos. “Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dos mortos, como diz alguns de vós que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou”. Há muitos, até hoje, que se diz cristão, não acredita na ressurreição. É o simbolismo de Tomé. Mas Paulo continua a exortar os fracos de fé. Veja o que ele diz: “Mas não! Cristo Ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram. Com efeito, se por um homem [Adão] veio a morte, [a causa do peca] por um homem [Jesus] vem a ressurreição dos mortos.” [1Cor15, 12-13]. Aí está o novo Adão, Jesus Cristo, com a sua paixão e morte aniquilou a morte e nos deu vida nova pela ressurreição. A ressurreição de Jesus cabe o esforço de fé de cada um para entender a “Mística” do Cristo ressuscitado. Para além do sinal essencial constituído pelo túmulo vazio, a Ressurreição de Jesus é atestada pelas mulheres que foram as primeiras a encontrar Jesus e o anunciaram aos Apóstolos. A seguir, Jesus apareceu a Cefas [Pedro] e depois aos Doze. [apóstolos, logo Judas Iscariotes estava presente]. Seguidamente, Jesus ressuscitado apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez. [Irmão são os cristãos convertidos na fé] [1 Cor 15,5-6] e a outros ainda. Os Apóstolos não teriam inventado a Ressurreição, uma vez que esta lhes parecia impossível: de fato, Jesus repreendeu-os pela sua incredulidade. E a nós também sempre a nos alertar para que não morra a nossa fé no Cristo ressuscitado: Ver e crer na sua palavra, nos seus ensinamentos, crendo Nele na hóstia sagrada, a comunhão e os valores deixados por Ele: Viver como Ele viveu; ensinar como Ele ensinou; amar como Ele amou e perdoar como Ele perdoou. Seja cada um de nós, o reflexo do Cristo naqueles que estão excluídos que são os sofredores nesse mundo; seja o retrato visível de Jesus Cristo para o outro. Seja o novo Adão como fora Jesus: O retrato do Pai. Como Jesus é o retrato do Pai, assim, também, sejamos o retrato do Cristo ressuscitado. Abraão servo de Deus, Moisés servo de Deus, mas Jesus fala que todo aquele que amar como Ele amou, esse é o servo de Deus. Esse é o amor divino; amar como Jesus. Esse amor o mundo não conhece. O amor ensinado por Jesus é divino.

No evangelho de Mateus encontramos um relato um pouco difícil de compreender. Veja o relato: “E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas. Os sepulcros se abriram e os corpos de muitos justos ressuscitaram. Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da ressurreição de Jesus e apareceu a muitas pessoas.” [Mt 27, 51-53]. É uma visão apocalíptica esse relato de Mateus. Irá acontecer no dia da escatologia que os corpos dos justos ressuscitarão e entrarão na Cidade Santa, a Nova Jerusalém. [AP 21, 10-15].

A natureza revelou grande sentimento, quando Jesus morreu. É isso que Mateus nos relata fazendo uma catequese. As rochas se federam, a terra tremeu, houve trevas, as sepulturas abriram. [Nada disso aconteceu; irá acontecer no fim do mundo]. Esse é a exegese de Mateus nesse relato apocalíptico. Já no evangelho de João ele relata-nos um Jesus corajoso, destemido diferente e sabe de tudo o que irão fazer contra ele. É um homem plácido de um controle de si mesmo; corajoso com um controle emocional excepcional jamais visto. Até dizer: Tudo está consumado; Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Antes de ser entregue a sua vida por toda a humanidade ele diz para os apóstolos que não os deixará órfãos. Vou enviar o Paráclito. “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. [Jo 16, 13]. Depois da ressurreição e ascensão o Paráclito, isto é, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e continuou a ensinar tudo que Jesus ensinou. O Paráclito é o mesmo Jesus em espírito. Ele permanecia em Jesus visível aos apóstolos e discípulos. Era o Deus visível na pessoa de Jesus. Ele se ascendeu e voltou como Paráclito para governar a Igreja até o fim dos séculos. “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo”. [Mt 28, 20]. Jesus está presente dentro de mim, dentro dos comungantes, dentro dos batizados e dentro da Igreja. Ele é Onipresente, na palavra, na eucaristia, na Igreja para governá-la. Por isso é que a porta do inferno não prevalecerá contra ela, [o poder de satanás], porque Jesus é a rocha, a pedra angular fundamental da Igreja. Ele é a cabeça e todos os batizados são o corpo místico de Jesus. Peço-lhe que imprima

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 25/08/2013
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